A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica do governo dos Estados Unidos (NOAA) confirmou que o fenômeno El Niño, que é quando ocorrem alterações na distribuição da temperatura da superfície da água do Oceano Pacífico, está de volta em 2023 e deve durar até o final do ano.
Segundo o órgão, o El Niño "muito provavelmente terá uma das ocorrências mais intensas dos últimos 70 anos", disse Deke Arndt, diretor do Centro Nacional de Informação Ambiental do NOAA.
No mês de maio, por exemplo, a temperatura do Pacífico foi a quarta maior desde 1973. O indicador é um dos usados para prever o fenômeno El Niño.
A chegada do El Niño pode ocasionar um aumento das chuvas na Linha do Equador e redução na Indonésia.
Segundo o governo americano, há 84% de possibilidade da versão moderada do fenômeno, 56% para versão mais intensa, 12% para versão mais fraca e 7% de chances do El Niño não ocorrer em 2023.
Se confirmado, o El Niño deve durar, pelo menos, até o fim de 2023, segundo uma previsão do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil. Em geral, fenômeno dura de nove a 12 meses — mas pode se estender por anos.
Os fenômenos El Niño são alterações significativas na distribuição da temperatura da superfície da água do Oceano Pacífico, com grandes alterações no clima. Estes eventos modificam um sistema de temperaturas do oceano Oscilação Sul e, por essa razão, são referidos muitas vezes como ENOS.
O fenômeno pode causar seca na região Norte e Nordeste do Brasil e aumentar a quantidade de chuvas na região Sul. De acordo com Inmet, não há evidência científica de que a ocorrência do fenômeno tenha impactos no regime de chuvas das regiões Sudeste e Centro-Oeste.
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