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O administrador e empresário que atropelou o corredor Emerson Pinheiro, 29 anos, em Salvador, teve liberdade provisória concedida pela Justiça, nesta terça-feira (16), um mês após ser preso pelo crime.
A informação foi confirmada ao g1 pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) e pela defesa da vítima. O portal entrou em contato com o advogado do condutor, mas não recebeu retorno até a última atualização desta reportagem.
Cleydson Cardoso Costa Filho apresentava sinais de embriaguez quando atingiu o atleta amador, um poste e uma barraca de acarajé, no início da manhã de 16 de agosto, na orla do bairro da Pituba — área nobre da capital baiana. Emerson teve a perna direita amputada.n
Segundo a decisão do juiz Paulo Sérgio Barbosa de Oliveira, obtida pela TV Bahia, após deixar o sistema prisional, o motorista deverá seguir medidas que incluem o monitoramento eletrônico, não dirigir e o afastamento da vítima e de seus familiares.
Apesar disso, ainda não há confirmação sobre a saída do administrador e empresário do Complexo Penal da Mata Escura, em Salvador. O MP-BA informou que vai recorrer contra a soltura
Na mesma decisão, a Justiça aceitou a denúncia ofertada pelo MP-BA contra o motorista e ele se tornou réu por tentativa de homicídio, com dolo eventual, por colocar em risco outras pessoas e dificultar a defesa da vítima.
Conforme a denúncia, Cleydson dirigia de "maneira temerária", sob efeito de bebida alcoólica e com velocidade acima do máximo permitido na via, quando perdeu o controle e atropelou a corredor. O documento do MP-BA destaca o impacto provocado pela velocidade do veículo, que destruiu o quiosque e arrancou um piquete de concreto com a batida.
Inicialmente, a Polícia Civil (PC) autuou o motorista por lesão corporal culposa, mas a tipificação foi ajustada. O MP-BA considerou que se trata de tentativa de homicídio qualificado porque, ao dirigir com a capacidade psicomotora alterada, o motorista colocou muitas pessoas que transitavam pela via em risco.
Além disso, o órgão pontuou que o meio utilizado pelo denunciado dificultou a defesa da vítima, que foi surpreendida enquanto corria em um espaço reservado para a prática de esporte.
Após o anúncio das decisões, o advogado criminalista Rogério Matos, que integra a defesa do corredor, lamentou a soltura do investigado.
"A gente enxerga com um certo pesar e tristeza, porque entendemos, mas, por outro lado, foi feita a recepção da denúncia nos termos do que pede o MP-BA. Ou seja, apesar dele ganhar liberdade, a partir da data de hoje ele é um processado criminalmente", disse.
G1

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