Médico de Feira de Santana acusa funcionária de praticar golpe financeiro de R$100 mil em sua clínica

 



Um médico cirurgião de face registrou uma queixa na Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR), nesta quarta-feira (16), afirmando ter sido vítima de um desfalque de cerca de R$100 mil. Segundo o delegado José Marcos, titular da DRFR, a principal suspeita é uma funcionária da clínica, que teria desviado pagamentos de pacientes através de alterações no destino das transferências via PIX.

Conforme informou o delegado ao Acorda Cidade, a funcionária, que trabalhava no setor financeiro, informava uma chave PIX diferente aos pacientes, direcionando os valores para uma conta sob seu controle. O médico apresentou extratos e documentos que indicam a existência da fraude.

“Quero ressaltar que a investigação está na fase inicial. Antes ainda precisa fazer diligências, ouvir as partes, ouvir o que cada um tem a dizer. Porém, ele apresentou indícios, apresentou documentos e extratos que indicam fortemente a existência de um tipo de fraude”, informou o delegado.

O golpe teria ocorrido de forma contínua, ao longo de vários dias ou meses, com a funcionária desviando parte dos pagamentos de diversas cirurgias. Em um dos casos, segundo informações, a suspeita teria desviado R$20 mil de uma cirurgia de R$30 mil que seria realizada hoje (16).

“As pessoas faziam o Pix, acreditando que estavam pagando para a clínica, quando na verdade esse dinheiro estava sendo depositado em uma conta que ela tinha o controle. Era uma pessoa de confiança, e acredito que tem um certo tempo lá, porque isso não foi feito de uma vez. Ela acumulou esse valor de 100 mil reias ao longo de vários dias ou meses de diversos pacientes. Se realmente esse crime ocorreu, foi uma questão de um crime continuado. Quero ressaltar mais uma vez que, por enquanto, existe um registro e a gente está iniciando as apurações”, declarou o delegado ao Acorda Cidade.


Ainda segundo o delegado José Marcos, a funcionária será ouvida na DRFR nesta quinta-feira (17), assim como o médico para prestar depoimento formal. A polícia pretende realizar diligências e ouvir outros funcionários da clínica para esclarecer o caso.

Se comprovado o desvio, a conduta da funcionária pode ser tipificada como apropriação indébita, e foi feita de forma continuada, então terá um incremento de pena que pode chegar a mais de quatro anos de reclusão. A polícia também buscará recuperar o valor subtraído, para tentar restabelecer esse patrimônio para a vítima.


Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.

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