Fim da novela: Battisti deixa Bolívia em direção a Roma

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O avião com Battisti partiu do aeroporto internacional de Viru Viru, em Santa Cruz de la Sierra, no fim da tarde deste domingo.

Pouco antes, o Ministério da Justiça e o Itamaraty divulgaram uma nota conjunta em que confirmaram que o italiano seria levado diretamente da Bolívia para a Itália, sem passar pelo Brasil.

Segundo o comunicado, Battisti "começará a cumprir imediatamente a pena de prisão que lhe foi cominada pela Justiça italiana".

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Até a divulgação da nota, havia informações desencontradas sobre como Battisti seria extraditado à Itália.

Mais cedo, em sua conta no Facebook, o premiê italiano, Giuseppe Conte, afirmou que Battisti seria levado da Bolívia direto para a Itália.



"Estamos satisfeitos com esse resultado que nosso país espera há muitos anos", escreveu o premiê, agradecendo o presidente Jair Bolsonaro - com quem disse ter falado - e as autoridades bolivianas.

A mesma informação já havia sido divulgada pelo ministro do Governo da Bolívia, Carlos Romero. Em entrevista a jornalistas, ele disse que a Interpol Bolívia entregaria Battisti diretamente à Interpol Itália no aeroporto internacional de Viru Viru, em Santa Cruz de la Sierra.

Segundo ele, a Bolívia determinou a saída obrigatória do italiano do país, pois ele ingressou de maneira irregular.

Battisti vivia no Brasil desde 2004, mas sua presença no país veio a público em 2007 - quando foi preso no Rio de Janeiro e teve seu pedido de extradição feito pela Itália. Desde então, sua situação mobilizou a opinião pública e políticos no Brasil.

Nesse período, o destino de Battisti também foi definido em trocas de passes entre o Judiciário e o Executivo.

Em dezembro, o ministro do STF Luiz Fux revogou uma liminar favorável a Battisti e decretou a prisão do italiano. A decisão abriu caminho para a extradição de Battisti, que no entanto deveria ser definida pela Presidência. O então presidente Michel Temer havia decidido pela extradição por meio de um decreto, mas o italiano fugiu do país antes do desfecho do processo.

Battisti tem um filho, hoje com cinco anos, com uma brasileira. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, a professora Priscila Luana Pereira disse ter "esperança" de que "Evo (Morales, presidente da Bolívia) lhe conceda a chance de permanecer na Bolívia".

Essa foi uma das linhas de argumentação da defesa do italiano quando entrou com recursos no Supremo para garantir sua permanência no país. Segundo seu advogado, a criança "dependeria dele economicamente".

Na Itália, parentes das vítimas de Battisti comemoraram sua captura.

Bahia Acontece, via BBC

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