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Empresário morto após fugir de blitz em Feira de Santana ja foi autuado por crimes em 2018

 


O empresário Fernando Alves Souza Coelho, mais conhecido como Lengocell, 39 anos, que morreu baleado pela polícia na noite de sabádo (12), após fugir de um bloqueio policial na Avenida Noide Cerqueira em Feira de Santana, já foi autuado por cometimento de crimes em 2018.

Segundo matéria publicada pelo site Correio da Bahia em 2018, o empresário que na época tinha 34 anos, foi autuado pelos crimes de ameaça e conjunção carnal ou ato libidinoso com alguém mediante fraude pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM) de Feira de Santana.

Segundo informações da matéria, uma recepcionista que na época tinha 33 anos, deixou um aparelho da marca Iphone na loja do comerciante para revenda. 

No aparelho, estava armazenado fotos íntimas da mulher, que foi chantageada por Fernando, para que mantivesse relações sexuais com ele, caso contrário teria suas fotos divulgadas nas redes sociais. 

Péricles Novais, advogado da vítima em entrevista concedida na época, detalhou como tudo aconteceu.

"Ele recuperou todos os dados móveis do Iphone de forma criminosa, usando recursos através de um computador e um cabo USB para invadir a privacidade dela. 

Dois dias depois, inicialmente, Fernando Alves ligou para a recepcionista dizendo que queria ter um encontro amoroso, mas ela negou, respondendo que não tinha interesse, que era comprometida.

“Aí, ele começou a enviar mensagens do tipo: ‘você não quer ir pelo amor ou pela dor?’.

Ela perguntou: ‘Por que pela dor?’. Então, ele disse que tinha provas contra ela. 

Minha cliente perguntou que provas e ele enviou fotos dela nua e conversas íntimas do WhatsApp”, contou o advogado da vítima.

As ameaças duraram uma semana. 

As mensagens chegavam ao celular da recepcionista várias vezes durante o dia. 

Em algumas delas, a vítima pedia para Fernando Alves parar, que ele estava fazendo chantagem - o empresário, no entanto, insistia em fazer sexo com a vítima, inclusive dava detalhes o que pretendia fazer com ela num motel. 

“Ela já estava mais que desesperada.

Minha cliente tem uma filha de 15 anos. 

Ele disse que além de disseminar as fotos e conversas para grupos de WhatsApp, inclusive da família, ia mandar o conteúdo para a filha dela”, disse o advogado.

Num momento de desespero, a recepcionista resolveu ceder à chantagem de Fernando Alves.

“Ela só aceitou na condição de que ele primeiro apagasse tudo. 

Então, ela foi ao motel com ele”, contou o advogado. 

Dentro de motel na Avenida Contorno, a vítima pediu para que o empresário cumprisse com a promessa, mas negou.

“Ele disse que apagaria depois que tivessem a relação sexual. 

Na verdade, ela percebeu que ele não ia apagar, que ia manter as fotos e as conversas para chantageá-la outras vezes”, disse o advogado. 

Segundo informações da Polícia, a recepcionista foi ao banheiro do quarto do motel, de onde ligou para a polícia.

Instantes depois, uma equipe do Pelotão de Emprego Tático Operacional (Peto) da 66ª Companhia Independente de Polícia Militar (66ª CIPM) entrou no motel e prendeu o empresário, que foi levado para a Deam. 

Na unidade, ele foi interrogado e autuado pela delegada Edileuza Suely Cardoso Ramos, titular interina da Deam.

Conversas no WhatsApp entre a vítima e o criminoso foram anexadas ao inquérito. 

Fernando foi liberado após audiência de custódia

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