A ONG Transparência Internacional Brasil afirmou que o presidente do IBGE, Marcio Pochmann, coloca “em risco” a credibilidade da instituição. A entidade defendeu que os servidores “continuem resistindo à politização”. Os protestos contra a gestão de Pochmann ocorrem desde setembro do ano passado.
"O IBGE é uma instituição respeitada internacionalmente. Ela cumpre função essencial de produção e transparência de dados vitais sobre e para o país. Por isso, é extremamente preocupante que o atual presidente possa colocar essa credibilidade em risco", disse a ONG em postagem nas redes em que compartilha uma reportagem da coluna Malu Gaspar.
A coluna Malu Gaspar aponta que, no documento, o presidente do instituto é acusado de usar o cargo para se promover politicamente e não para reforçar a missão do instituto de produzir estatísticas confiáveis, sendo chamado de presidente paralelo.
A reportagem mostra também que o servidores dizem que Pochmann “saturou a página do IBGE na internet, a Agência IBGE e as redes sociais do Instituto com notícias sobre o presidente e suas realizações” e promove “ turnês oportunistas pelo país” que pegam carona nos eventos de divulgação dos dados do IBGE para cumprir uma “agenda paralela incluindo contatos com diversos políticos locais”.
Os servidores da comunicação afirmam ainda que Pochmann só trabalha com um grupo fechado de auxiliares trazidos de fora do órgão e não se comunicar com a imprensa – e, por extensão, com sociedade. No documento, eles dizem que o presidente do instituto “ até hoje não deu uma coletiva para a imprensa que cobre o IBGE rotineiramente, preferindo falar com correspondentes estrangeiros, blogueiros amigos ou com veículos isolados, escolhidos sem qualquer transparência”.
A carta é a terceira manifestação pública de protesto contra Marcio Pochmann desde o pedido de demissão de quatro diretores – dois titulares e dois juntos – que haviam sido escolhidos por ele, mas pediram para sair em razão de divergências a respeito dos rumos da instituição.
O Globo
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