Para os colegas e familiares de João de Nozinho, como é conhecido o caminhoneiro, se concretizou com ele o ditado popular que diz que estava no lugar e na hora errada, numa referência as circunstâncias como o crime ocorreu.
João saiu de sua casa, situada da Rua Tertuliano Carneiro, na cidade de São Domingos, na madrugada de domingo (15), com destino a Fortaleza transportando uma carga de papelão no caminhão Mercedes Benz 1516 de sua propriedade e chegou a Feira de Santana de retorno na manhã de sexta-feira (20), deixando estacionado no pátio do posto Conterrâneo na chamada fila do papel, para carregar no final de semana e cumpri a rotina de retornar a estrada na segunda-feira (23). Para não viajar com o caminhão vazio até São Domingos, telefonou para o colega Manoel MessiasNascimento Sampaio, que dirige uma carreta tanque que carrega combustível, pertencente ao empresário Renildo Costa, pedindo uma carona.
Como combinado, Manoel Messias que seguia de Candeias para São Domingos, pegou João Silva e seguiram pela BR 324, Avenida Contorno, até a passarela Conceição Lobo, no bairro Cidade Nova, em Feira de Santana, onde estava o mecânico Cal em pé ás margens da BR 116/norte e pediu carona a Manoel Messias, que o reconheceu e parou o veículo.
Ao entrar no carro, Cal teria sacado um revolver e forçou Messias a retornar no primeiro contorno da BR 116/Norte, ainda no perímetro urbano de Feira de Santana, pegando a BR 324 no sentido Feira Santana/Salvador, essas foram as primeiras informações que chegaram à polícia.
De posse de um revolver, Cal teria disparado os três primeiros tiros em João que se encontrava na cama da carreata, acertando a queima roupa. O motorista, ao perceber que poderia ser morto, mesmo com o veículo em movimento, iniciou uma luta corporal com o mecânico que pulou do carro, conseguindo disparar dois tiros, que acertaram de raspão a cabeça de Messias.
Esta versão foi narrada por familiares de João de Nozinho que foram a Feira de Santana após tomarem conhecimento do fato e conversarem com os policiais que investigam o crime.
O nome do mecânico Cal aparece como o principal suspeito do crime por ser conhecido do Messias e o site de notícias Central de Polícia chegou a afirmar que uma divida resultado de serviços prestados por Cal teria motivado o crime, mas esta divida já estava quitada.
A polícia não descarta a hipótese de tentativa de assalto e por ser conhecido, Cal estaria naquele local como isca para parar o veículo e em seguida anunciar o assalto. Se confirmada esta hipótese, João teria sido assassinado para não deixar testemunhas. “Mais tudo isso são hipóteses, linhas de investigações e nós estamos trabalhando para prender Cal e ouvir depois com mais calma o Messias e só assim esclarecermos os fatos”, informou por telefone ao CN um policial que pediu para não ser identificado. Para este policial, se Messias parou o veículo para dar carona a Cal, é porque os dois se davam bem e para Messias Cal tinha boa índole.
Os dois foram socorridos por ambulância da Via Bahia, concessionária que administra o trecho Feira/Salvador, da BR-324 e foram levados para o pronto socorro do Hospital Clériston Andrade, onde João faleceu e Messias ficou internado e não corre risco de morte. Messias é natural de Jacobina e, segundo informações não oficiais, reside no Distrito de Batata.
O corpo de João Silva Araújo foi encaminhado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT) e será transladado para a cidade de São Domingos na tarde de sábado (21), onde será sepultado. Até o fechamento desta matéria, Cal não havia sido preso.

Por: Valdemí de Assis

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