Mais de 7 milhões de brasileiros não entregaram o Imposto de Renda; veja como fazer de forma ágil antes do fim do prazo


Com menos de uma semana para terminar o prazo de entrega, os contribuintes do Imposto de Renda que ainda não enviaram a declaração precisam se apressar. A Receita Federal determinou que os documentos podem ser entregues até esta quarta-feira, 31. A expectativa do órgão é de que até 39,5 milhões de brasileiros preencham o formulário para informar ao Fisco os rendimentos do último ano. Os dados da Receita mostram que, até esta sexta-feira, 26, 31.958.775 brasileiros haviam enviado a declaração do IR — sendo 64,93% a serem restituídos, 18,47% com imposto a pagar e 16,59% sem tributo. Ainda faltam aproximadamente 7,5 milhões (ou 19,09%). Estão obrigadas a declarar as pessoas que vivem no Brasil e receberam rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 no ano de 2022, em média R$ 2.380 por mês. Os rendimentos tributáveis incluem salários, aposentadoria, pensões e aluguéis. Quem recebeu rendimento isento, não tributável ou tributado exclusivamente na fonte, acima de R$ 40 mil, também deve prestar contas. O Leão vai morder quem obteve, em qualquer mês do ano passado, ganho de capital na alienação de bens ou direitos sujeito à incidência do imposto. O IR ainda se aplica a pessoas que tinham, até 31 de dezembro de 2022, posse ou propriedade de bens ou direito, inclusive terra nua, de valor total ou superior a R$ 300 mil. Trabalhadores rurais que obtiveram receita bruta superior a R$ 142.798,50 não estão isentos.


Para quem precisa correr contra o tempo para entregar a declaração, o primeiro passo para tornar o processo de preenchimento mais ágil é separar e ter em mãos todos documentos relativos a rendimentos de quaisquer naturezas. A contadora Rosiane Ribeiro afirma que é importante primeiro reunir as informações e documentos necessários para elaboração da declaração, evitando que haja erro nas informações prestadas. Ela indica começar pelos rendimentos recebidos tanto de trabalho quanto de aplicações e investimentos, tais como poupança, CBD’s, e as informações das despesas dedutíveis tais como gastos com saúde e educação para declarar o máximo de pagamentos efetuados. De acordo com o head de auditoria interna e assuntos regulatórios da Contabilizei, Diego Zacarias dos Santos, os contribuintes precisam ter conhecimento de pagamentos e doações efetuadas, bens e direitos, dívidas e ônus, além de qualquer espólio que tenha sido verificado ao longo de 2022. “Uma outra forma de poupar bastante tempo, para quem tem conta Gov.br com selo prata ou ouro ou e-CPF, é fazer uso da declaração pré-preenchida. Além de não ser necessário digitar tantas informações, ela propicia a diminuição dos erros e a falta de informações, motivos que normalmente levam o contribuinte a ter sua DIRPF retida na malha fina da Receita Federal. Vale lembrar que, de acordo com o Fisco, a responsabilidade da prestação das informações é do contribuinte. Portanto, ele deve complementar ou excluir informações se assim for necessário. Em outras palavras, a não conferência e eventuais ajustes que sejam necessários não afastam a possibilidade do contribuinte cair na malha fina”, indica.

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