Assista: Equipe de reportagem entra na lancha Cavalo Marinho e mostra cenário de destruição



O som que prevalecia era o das fortes ondas quebrando nas pedras. Mas, ao se aproximar da lancha Cavalo Marinho I, o que ecoava era o ruído do desespero de quem lutou para sobreviver diante do cenário de destruição. A embarcação que adernou na última quinta-feira e resultou, além de muitos traumas, em 18 mortos e duas pessoas oficialmente desaparecidas. Segundo a Polícia Civil, pelo menos, 20 sobreviventes foram ouvidos. A embarcação, construída toda em madeira, há 44 anos, adornou 200 metros depois de deixar o píer em Mar Grande.



O Correio teve acesso à lancha sem nenhuma dificuldade, na manhã de ontem, pois a embarcação não estava isolada. Quem se aproxima da lancha inclinada, dá de cara com o buraco no lado direito do casco. São quase dois metros de altura e um pouco mais que o dobro de largura. Assusta ao mesmo tempo que impressiona. A lancha mede 18,6 m de comprimento. O teto de proteção foi completamente arrancado. Na parte superior, alguns pontos ainda estavam firmes na estrutura. Outros foram arrancados com o impacto. Próxima à cabine da embarcação, um aviso que indica a lotação de passageiros: 160. No dia do acidente, 124 pessoas estavam a bordo da embarcação da Associação de Transportadores Marítimos da Bahia (Astramab). Na cabine do comandante de intacto só restou o leme. Os vidros das janelas foram destruídos, os equipamentos usados na navegação todos danificados. Uma das portas que dão  acessos ao local foi arrancada com impacto. O cheiro de combustível exala dos motores expostos com o impacto chega a ser mais presente que o cheiro da maresia.

Correio

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