A Polícia Federal, com o apoio do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos/INEMA, deflagrou, na manhã desta quinta-feira (5/12), a Operação Voo Livre II, com o objetivo de cumprir mandado judicial decorrente de investigação relativa ao tráfico ilegal de animais no estado da Bahia.
A operação é um desdobramento da Operação Voo Livre, deflagrada em 5/3/2024, quando foram cumpridos, com apoio da COPPA/PM, nove mandados de busca e apreensão, expedidos pela 17ª Vara Federal da Seção Judiciária da Bahia, em criadores clandestinos de aves silvestres e exóticas.
No decorrer da apuração, identificou-se a existência de uma associação criminosa entre comerciantes de aves ilegais, da fauna silvestre e exótica, que negociam animais de difícil reprodução em cativeiro, como Araras e Tucanos, o que indica que muitos tenham sido retirados ainda filhotes da natureza, para anilhamento, criação e revenda.
Na data de hoje, cumpriu-se um mandado de busca e apreensão no endereço de mais um criador de aves silvestres e exóticas, sendo realizada a análise da documentação dos animais encontrados e a apreensão de espécimes que se encontravam irregulares.
Registra-se que o tráfico de animais silvestres causa enorme prejuízo à fauna brasileira, criando graves desequilíbrios ambientais, inclusive em ecossistemas protegidos, podendo expor determinadas espécies ao risco de extinção. Desta forma, a criação de animais silvestres somente é permitida, quando adquiridos de criadores comerciais registrados no IBAMA, que possuam Cadastro Técnico Federal (CFT) e autorização no Sistema Nacional de Gestão de Fauna (SisFauna).
Os investigados pela comercialização ilegal das aves podem responder pelos crimes de tráfico e maus-tratos de animais, associação criminosa, receptação e falsificação de selo ou sinal.
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