A audiência começou pouco depois das 9 horas sob a presidência da juíza Mariana Deiró, da 1ª Vara do Júri, e antes das 17 horas já havia sido encerrada. Prestaram depoimento oito testemunhas de defesa e três de acusação, no Fórum de Camaçari. Assessorado pelo advogado de defesa Alano Frank, o guarda municipal José Pereira da Conceição Júnior, 44 anos, apontado como o suposto assassino também foi ouvido e, mais uma vez, negou autoria do estupro e homicídio.Segundo o diretor da 1ª Vara Crime, Wellington Brito, os detalhes dos depoimentos não poderiam ser divulgados, porque a juíza que presidia a audiência realizava uma segunda etapa dos trabalhos, inviabilizando qualquer comentário antecipado. Ele não descartou uma segunda audiência e tudo dependerá do entendimento de Mariana Deiró.A estudante Adriane Melo de Jesus, 16 anos, foi sequestrada por um homem em um Fiat Palio preto na noite do dia 28 de junho. Ela estava na companhia do namorado, quando o homem desceu do carro armado e obrigou a jovem a entrar no veículo, em Vila de Abrantes. O assassino da jovem teria mandado o namorado correr e jogou o celular da adolescente na rua. O corpo foi encontrado no outro dia em um matagal com marcas de disparo de arma de fogo e sinais de violência sexual.O criminoso estaria com uma farda da Guarda Municipal de Lauro de Freitas. O namorado de Adriane reconheceu o suspeito por foto e depois pessoalmente. Os familiares do réu, preso no dia 19 de julho, estiveram na audiência e novamente ressaltaram o grande engano que estaria sendo cometido, considerando que no dia 28 de junho José Pereira estaria em casa participando dos preparativos para a Festa de São Pedro na comunidade.Durante algumas manifestações realizadas em Salvador, parentes e amigos do guarda municipal ressaltaram que o Palio do acusado não é preto e que até o momento a perícia realizada no veículo não foi divulgada. O delegado titular de Abrantes, Marcos Tebaldi, responsável pelo inquérito, não foi encontrado para falar sobre o caso. Tribuna da Bahia.