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A iniciativa é uma ação contra a proposta do deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE), que pretende convocar um plebiscito para analisar o possível desmembramento da Bahia para a criação do Estado do São Francisco.


Veja a íntegra do manifesto:


MANIFESTO CONTRA DIVISÃO DA BAHIA NÃO SE DIVIDE


No oeste da Bahia já começou o movimento para a criação do Estado do Rio São Francisco. O tema não é novo, tanto pela divisão do norte da Bahia, como pelo Sul, com a proposição do Estado de Santa Cruz.

Dividirmos a Bahia significa enfraquecer os dois lados. A Bahia precisa continuar unida para cada vez mais se fortalecer.

Historicamente, representamos 4% do PIB nacional. Agora é que estamos tendo uma fatia um pouco maior. Se a dividirmos, vamos continuar sendo insignificantes, tanto o Estado do São Francisco, como o que restar da nossa adorada Bahia.

Sobre os defendem a divisão alegando questões sociais, não acreditamos existir relação entre as propostas de alterações territoriais e a melhora na qualidade de vida das populações envolvidas.

As questões sociais não são privilégio só desta região, mas de todo o Estado da Bahia. A nosso ver, é mais prioritário o aperfeiçoamento, a universalização e a progressiva integração dos programas e projetos governamentais das três esferas administrativas, para um maior desenvolvimento de todo o Nordeste.

Assim, a criação de um novo Estado, com 31 municípios (entre eles Barreiras, Luis Eduardo Magalhães, São Desidério, Santa Maria da Vitória, da região Oeste, além de municípios da Mesorregião do Vale Sanfranciscano, como Barra, Buritirama, Cariranha, Casa Nova, Feira da Mata, Campo Alegre de Lourdes, Muquém do São Francisco, Pilão Arcado, Remanso, Serra do Ramalho e Sítio do Mato), 173 mil km², cerca de 1,2 milhão de habitantes (reduzindo a população da Bahia para 13,5 milhões de habitantes), uma média de 650 mil eleitores e um PIB de R$ 10 bilhões em 2011, teria, ao contrário, um efeito negativo para o conjunto dos entes federativos e se constituiria apenas num novo ator a pleitear os escassos recursos nacionais para o atendimento de suas demandas e o custeio de sua estrutura.

Pelo cálculo da Secretaria de Planejamento do Estado – SEPLAN, a Bahia, caso a ruptura se concretizasse, perderia mais de 6% de suas riquezas, estimadas em pouco mais de R$ 130,0 bilhões, pelo cálculo do produto interno bruto (PIB) de 2008. Só os municípios baianos na margem ocidental do rio detêm R$ 5,3 bilhões em riquezas. Seria um baque muito forte nas finanças baianas, sem qualquer garantia de alavancagem da economia de um possível novo Estado.

Quanto à situação política, o novo Estado teria direito a três senadores e o mínimo de oito deputados federais, número este que seria automaticamente deduzido dos atuais 39 parlamentares baianos, que passaria a contar então com apenas 31 deputados no congresso Nacional. Perde a Bahia pela redução da bancada e fica o novo Estado com um número inexpressivo de parlamentares.

A Bahia não se divide! A Bahia vai continuar unida para cada vez mais se fortalecer no cenário nacional!

Brasília, 03 de outubro de 2011


Deputado Amauri Teixeira (PT-BA)

Deputado Valmir Assunção (PT-BA)

Deputado Emiliano José (PT-BA)

Deputado Geraldo Simões (PT-BA)


Assessoria de Comunicação

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