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GESTÃO NÃO TEM TAMANHO: TEM PRINCÍPIOS

O que leva uma empresa ao sucesso?


Quando mencionamos exemplos e estratégias de empresas bem sucedidas como Coca Cola, Nestlé, Microsoft, Disney, Natura, Gerdau é comum ouvir... “ah! Mas isso é para grandes empresas, não se aplica a nós, pequenas e médias”... Analogamente, ao trazer para a mesa casos e causas de grandes derrrocadas como Varig, Lehman Brothers, GM, Mesbla, Kodak, a ilusória válvula de escape tende a ser... “o caso deles foi diferente do nosso que somos muito menores”.... Após quase cinco décadas de avaliação e diagnóstico de centenas de empresas de todos os tipos, setores, dimensões, estágios de sofisticação gerencial e situação econômico-financeira, enxergo uma constância de presença dos seguintes fatores de sucesso e de sua ausência nos fracassos:

1 - Objetivo claro e definido : Sua ausência impede traçar caminhos

2 - Estratégia para atingir esse objetivo e pessoas capazes de estabelecê-la : Onde, sem como, é efêmero

3 - Estrutura de capital compatível com o negócio: Nada se sustenta apenas com idéias e boa vontade

4 - Pessoas com capacidade para executar as ações da estratégia : Iniciativa sem entrega é inócua

5 - Sistema de registro e controle dos atos e fatos: Sem ele se desconhece situação e performance e qualquer voo cego um dia acaba em tragédia

6 - Periódica revisão estratégica à luz das mudanças e dinâmica do mundo: Só o futuro existe e será diferente do passado

7 - Afinidade e harmonia societária : A física já nos ensina que a resultante de forças iguais e de sentido contrário é a inércia, o que nos negócios é a morte

8 - Gestão do processo sucessório de pessoas e de capital : Porque pessoas morrem e capital troca de mãos

9 - Acompanhamento, verificação e auditoria dos atos e fatos . Nem tudo o que parece é

10 - Consciência de que só o mercado / vendas nos sustentam è saber que necessidade suprimos ou problema resolvemos para os clientes

11 - Sermos melhores / diferentes de nosso concorrente. Por que clientes gastam conosco?

12 - Consciência de que tudo acaba em dinheiro. Sobrevivemos ou morremos pelo caixa que está no fim da jornada.

O conjunto demonstra a complexidade, sofisticação e riscos do moderno mundo empresarial, onde a intuição ainda é válida, mas o amadorismo não. Hoje, alguém pode até ter 100% do capital, mas ninguém, sozinho, tem 100% da capacidade nem do conhecimento. Daí a importância dos princípios e boas práticas de Governança Corporativa - transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa.

Nomes famosos ou histórias e exemplos que desfilam nos noticiários de nosso bairro, nos mostram que nada disso tem a ver com porte de empresas: multinacionais ou a padaria da esquina sobrevivem ou desaparecem pelas mesmas razões, que são a adesão ou não aos princípios de gestão e governança. E estes, no fundo, se submetem aos inexoráveis e internacionais princípios financeiros: dinheiro custa. Por isso, requer eficiência e exige resultado maior que o seu custo; não distingue nacionalidade, raça, religião, idade ou tradição. Para todos os nossos atos de gestão, um dia a fatura chega e aí será a hora da verdade, pois, como já diziam nossos avós, dinheiro não admite desaforo!

Colaboração: Telmo Schoeler. Administrador (UFRGS), Master of Business Administration – MBA – (Michigan State University – USA), com diversos cursos de extensão em gestão, governança corporativa, planejamento, finanças, marketing e qualidade, no Brasil, USA (Southern Connecticut University e Yale University) e Inglaterra (City of London). 




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Ana Borges
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