Na
manhã desta quinta-feira, 30, uma ação um tanto inusitada chamou a
atenção do Rota 324, uma mega operação que envolveu cinco colaboradores,
ferramentas e material de construção da Prefeitura Municipal de
Jacobina.
A
casa é a do secretário de Infraestrutura (Obras) do município Robério
Wanderley, e a diária dos funcionários e o material utilizado nem
precisamos dizer de quem é a conta, não é?
Queremos
chamar a atenção para outras rampas que foram tema de reportagem do
Rota 324, as de acessibilidade no Centro da Cidade, quando na
oportunidade fizemos um vídeo denunciamos a falta de rampas de acesso na
maioria das faixas de pedestres conforme obriga a Norma Brasileira
(NBR) 9.050, da Associação Brasileira de Normas Técnicas, desrespeitando
assim a pessoa com deficiência física.
Em
entrevista ao Rota, o prefeito de Jacobina, Rui Macedo, prometeu que
logo que finalizasse a mudança no trânsito da Avenida Orlando Oliveira
Pires, as rampas seriam construídas, a mudança foi concluída em outubro
de 2014 e a única alteração nas faixas foram feitas pelo setor de
Tributos que, achando pouco as barreiras para os deficientes, ainda
autorizou que carrinhos de lanches bloqueassem a subida dos pedestres.
Perguntar não ofende: Teria sido a mão de obra dos funcionários e o material utilizado, pagos pelo secretário de obras?
No
tempo em que o chicote de Leopoldo Passos comia no birro 30 e que todos
os funcionários temiam o ditador, o senhor Robério Wanderley teria
coragem para tal ato?
Será
esse mais um serviço particular dos funcionários da PMJ para
"Complementar a renda" como ensinou o nosso nobre e de padrão de vida
diferenciado, gestor municipal?
Será
essa apenas a primeira das muitas rampas de garagens particulares que
serão feitas pela PMJ após os cidadãos comuns começarem a pedir para
eles também?
Após
a rampa do secretário, a PMJ autorizará que as rampas de acessibilidade
do Centro da cidade sejam feitas também? Ou a acessibilidade se
limitará apenas aos chefes?
ROTA 324