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Em um ano e dez meses de trabalho no comando da Polícia Civil, Turnowski implantou projetos que contribuíram para a redução da criminalidade no Estado. Neste período, a Polícia Civil ganhou uma delegacia exclusiva para investigação de homicídios; aprimorou o atendimento nas delegacias distritais através do Dedic (Delegacia de Dedicação Integral ao Cidadão); fez prisões contra a milícia; reduziu em taxas inéditas o roubo de veículos no Estado; além de melhorar a produtividade das delegacias quanto ao número de inquéritos relatados com autoria.

Por meio de nota, o secretário reforçou que eventuais mudanças na equipe não vão prejudicar o compromisso assumido com a sociedade que é o de fazer do Rio de Janeiro um lugar cada vez mais seguro.

Turnowski agradece oportunidade de comandar a instituição

O ex-chefe da Polícia Civil do Rio enviou nota no início desta tarde agradecendo ao governador Sérgio Cabral e ao secretário Beltrame pela oportunidade de comandar a instituição por quase dois anos.

- Hoje de manhã deixei o cargo de chefe de Polícia após uma conversa franca e aberta com o secretário Beltrame. Tenho certeza que esta é a melhor decisão para o momento. Posso garantir que foi um período de aprendizado, de conquistas, de amadurecimento e também de realizações profissionais. Deixo para meu sucessor uma série de iniciativas estruturantes que podem elevar a Polícia Civil a outro patamar.

Ele também agradeceu o apoio de seus familiares, que, segundo Turnowski, sacrificaram horas de convívio e atenção.

Governador não vai se pronunciar

De acordo com assessoria de comunicação do governador Sérgio Cabral, ele não vai se pronunciar sobre o assunto já que a única pessoa que pode se manifestar sobre questões relativas à segurança é o secretário Beltrame.

Crise na Polícia Civil levou delegado a prestar esclarecimentos

Na sexta-feira (11), a Polícia Federal realizou uma megaoperação em parceria com a Secretaria de Segurança e o Ministério Público do Rio de Janeiro para prender policiais militares e civis suspeitos de repassar informações a traficantes de drogas sobre operações policiais em troca de propinas e de se apropriar de armas, dinheiro e drogas obtidas nas ações. O objetivo seria revendê-las a criminosos. Eles também são investigados por ligação com milícias, jogo do bicho e exploração de máquinas caça-níqueis.

Apesar de ter sido chamado a prestar esclarecimentos, Turnowski disse na segunda-feira (14) que não se sentia pressionado.

- Esse momento de sangramento é necessário para termos uma polícia melhor.

Turnowski fez questão de lembrar que o informante da PF, que ajudou nas investigações que deflagaram a operação Guilhotina, foi preso por ele. O delegado disse ainda que estava preparando devassas em outras delegacias, como foi feito na Draco (Delegacia de Repressão às Ações Criminosas e Inquéritos Especiais), no centro do Rio.

Sobre possíveis divergências com o titular da especializada, Cláudio Ferraz, Turnowski disse que a relação com ele era a melhor possível.

- Toda vez que ele efetuou prisões importantes, como a dos milicianos, eu fiz questão de estar junto nas apresentações.

O ex-chefe de Polícia Civil determinou uma devassa na Draco após ter recebido denúncias de que policiais da unidade especializada estariam arquivando investigações em troca de vantagens indevidas.

Draco continua fechada

A Draco amanheceu fechada pelo segundo dia consecutivo, nesta terça-feira. Na segunda-feira (14), a delegacia estava cercada por policiais da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais), mas hoje os agentes ainda não tinham aparecido até as 10h.

A porta principal do prédio está aberta, mas a delegacia ainda não funciona. Turnowski entregou à Corregedoria Interna de Polícia documentos de investigações que, segundo ele, apontam irregularidades e indícios de corrupção na Draco, comprometendo o delegado Cláudio Ferraz e um inspetor.

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