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Esse caso ilustra as dificuldades que o império do apresentador encontra para se financiar após a crise do Panamericano. Mesmo considerada a "joia da coroa" do grupo e avaliada em R$ 800 milhões, a Jequiti tem suado para conseguir crédito. O Grupo Silvio Santos disse, por meio da assessoria de imprensa, que "está obtendo crédito normalmente" e que essas informações "são pura especulação."

O Panamericano teve um rombo de R$ 4 bilhões em decorrência de fraudes contábeis promovidas pela administração que comandou o banco até o início de novembro. No fim de janeiro, a instituição foi vendida para o BTG Pactual por R$ 450 milhões. Mas o negócio só saiu depois de o FGC (Fundo Garantidor de Crédito) arcar com prejuízo de R$ 3,4 bilhões. Em outras palavras, Silvio Santos deu um calote no fundo, criado e mantido pelos bancos com objetivo de cobrir depósitos de correntistas em caso de quebra de alguma instituição.
O Estado ouviu sobretudo dois argumentos para explicar a mão mais fechada do que o normal com as empresas do apresentador. O primeiro deles é a falta de governança e transparência no Grupo. Um banqueiro ouvido pela reportagem questionou como se poderia confiar em empresas de capital fechado "se o Panamericano, que tem capital aberto e é fiscalizado pelo Banco Central, conseguiu promover uma fraude daquele tamanho".
O segundo argumento mais citado é uma possível dívida de Silvio com a Receita Federal. Segundo o entendimento de alguns tributaristas, o empresário poderia ser obrigado a pagar até R$ 1 bilhão para o Fisco por causa da maneira como o Panamericano foi salvo.
Levando em conta só as maiores empresas (SBT, Jequiti e a varejista Lojas do Baú), o endividamento total do Grupo supera R$ 600 milhões. Cerca de 60% vencem em até um ano - o que se considera curto prazo.


As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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