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Servidores do MPF e MPT entram em greve


Os servidores do Ministério Público Federal (MPF) e do Ministério Público do Trabalho (MPT) na Bahia paralisaram suas atividades desde a última sexta-feira (6).

Eles reivindicam a valorização da categoria, que segundo os servidores, já acumula perdas inflacionárias superiores a 50% desde 2006, quando foi aprovado o último Plano de Cargos e Salários. Com a greve, deflagrada por tempo indeterminado, a efetividade das funções desempenhadas pelos dois órgãos junto à sociedade é amplamente reduzida, dentre elas a defesa da ordem jurídica e dos direitos e interesses da coletividade, além do combate ao trabalho escravo e infantil, ao mau uso do dinheiro público e à corrupção.

“Estamos lutando pela recomposição salarial por estarmos já nove anos sem reajuste. O que queremos é a valorização do nosso trabalho, a recomposição salarial que há anos é rejeitada pelo Congresso Nacional com a justificativa da falta de recursos. Queremos também a adoção de uma série de medidas administrativas que valorizem a carreira de técnicos e analistas e evitem, para o bem do órgão e da sociedade, o esvaziamento de uma mão de obra qualificada que está por trás de todos os Procuradores da República”, declararam em nota.

A valorização dos servidores do MPU consiste em medida de relevância institucional para evitar a evasão de servidores e garantir qualidade de vida no trabalho. Um dos ramos do MPU, o MPF, tem uma grande atuação contra a corrupção, e interessa aos corruptos que o MPF se esvazie. A Operação Lava Jato e o Mensalão são exemplos de atuação do MPF.

Cidades

O movimento é nacional e mais de 107 unidades já aderiram à greve em 15 estados e no Distrito Federal. Na Bahia, além das sedes do MPF e do MPT em Salvador, estão paralisadas as atividades do MPF em 11 dos 12 municípios onde o órgão tem unidades: Alagoinhas, Barreiras, Campo Formoso, Eunápolis, Feira de Santana, Ilhéus, Irecê, Jequié, Paulo Afonso, Teixeira de Freitas e Vitória da Conquista; além das Procuradorias do Trabalho em Itabuna e Santo Antônio de Jesus.

As procuradorias que já aderiram a greve mantiveram o quantitativo mínimo de 30% dos servidores para os serviços considerados essenciais, como saúde, medicamentos e segurança. Segundo os servidores, a tendência é que todos os estados participem da manifestação. As assembleias continuam ocorrendo em diversas unidades do país.

Com informações do Ascom-MPF.

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