A embriaguez de motoristas, entretanto, foi bem próxima dos números do Carnaval mesmo se tratando de um feriado religioso. Mais de 28 mil motoristas foram submetidos ao bafômetro e 754 foram reprovados no teste. Desses, 309 acabaram presos em flagrante.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, a comparação tem de ser feita com o Carnaval (e não com a Páscoa de 2010, por exemplo) por causa do número de dias de ambos os feriados, o que aumenta o fluxo de veículos nas estradas. Em relação ao Carnaval de 2010, a violência nas estradas foi maior.
A diminuição foi atribuída, pela PRF, principalmente a dois fatores: mais campanhas de conscientização dos motoristas e maior número de policiais nos locais onde, segundo levantamento estatístico da corporação, haviam ocorrido acidentes no feriado anterior. Foram somadas, no feriado, duas operações policiais: a Operação Tiradentes e a Operação Páscoa.
Apesar da redução, o inspetor da PRF Giovanni Di Mambro, que apresentou os números, disse que não há motivos para considerar que exista uma tendência de diminuição da violência nas estradas. Na verdade, a probabilidade é de aumento de ocorrências.
Segundo ele, apesar do aumento de veículos no país, não houve a construção de nenhum eixo viário importante nem investimentos significativos na estrutura das rodovias ou na educação do motorista. "Rodovia segura não é rodovia sem buraco", disse.
A PRF destacou também que os 400 postos da polícia relataram aumento do volume médio diário de veículos. Como resultado, houve grandes índices de lentidão nas estradas --na rodovia Fernão Dias, que liga São Paulo a Belo Horizonte, o engarrafamento chegou a 80 km, segundo a PRF.
O inspetor Di Mambro afirmou que no Brasil morrem, anualmente, 20 pessoas a cada 100 mil habitantes em acidentes de trânsito (dados de 2008), número considerado "inaceitável". A meta para o país até 2020, segundo política de segurança viária da ONU, é reduzir as mortes a 14 por 100 mil habitantes.
ESTADOS
Os Estados com mais acidentes foram Minas Gerais (515), Paraná (479), Santa Catarina (443), Rio Grande do Sul (421) e Rio de Janeiro (288).
O Estado de Minas Gerais também encabeça a lista de feridos (363), seguido por Santa Catarina (288), Paraná (271), Rio Grande do Sul (219) e São Paulo (143).
Os Estados com mais mortos durante o feriado prolongado foram Bahia (25), Minas Gerais (24), Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (com 14 mortos cada) e Piauí (nove mortos).
Folha.com
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