Nascido em Bauru, em 1940, ele morou também em Santos e se mudou para São Paulo ainda criança, por conta das transferências do pai. Começou a carreira aos 16 anos, cobrindo futebol para a rádio Jovem Pan.
Em 1972, mudou-se para Paris para fugir da repressão do governo militar, embora tenha negado sempre que fosse comunista. Dentre as suas coberturas na Europa, destacam-se as quedas dos regimes fascistas em Portugal e Espanha e a primeira visita do papa João Paulo 2º à Polônia, seu país natal, ainda nos tempos do comunismo.
Suas experiências de mais de 50 anos de jornalismo estão contadas em “Às margens do Sena”, livro lançado em 2007.
Carlos Pastore, seu médico pessoal, contou ao G1 que a saúde de Reali Júnior estava muito debilitada, mas que "ele estava muito lúcido até o fim". Foi ele quem constatou, na manhã deste sábado, que o jornalista tinha morrido em decorrência de um infarto.
Reali era diabético, tinha sido fumante e sofreu um infarto ainda em 1992. Há cerca de cinco anos, teve câncer no fígado. Em 2009, recebeu um transplante do órgão. Porém, no ano passado, veio o diagnóstico de que o câncer tinha chegado à coluna, o que piorou muito sua saúde.
Reali Júnior era casado e deixa quatro filhas – entre elas, a atriz Cristiana Reali. O velório começa no fim da tarde, no Funeral Home – Rua São Carlos do Pinhal, 376, no bairro paulistano da Bela Vista –, e o corpo será cremado no domingo, no Cemitério da Vila Alpina.
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