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Luiz Tito / Agência A TARDE
Cinturão de fogo consome vegetação e ameaça fauna da Chapada
Cinturão de fogo consome vegetação e ameaça fauna da Chapada
Luiz Tito / Agência A TARDE
Brigadistas voluntários no combate ao incêndio na Chapada
Brigadistas voluntários no combate ao incêndio na Chapada


A área atingida pelo fogo, que teve início na tarde de segunda-feira, é de cerca de mil hectares. Mas, segundo o comandante da operação, tenente-coronel Carlos Miguel de Almeida Filho, a situação está quase controlada.

“O importante é que estamos conseguindo preservar as áreas de reserva florestal, como o Parque Nacional da Chapada e o Projeto Sempre Viva, além de diminuirmos o risco de atingir a cidade, principalmente fumaça e fuligem”, informou.

Reforço - Na manhã desta quarta, a operação, que também conta com a participação do Instituto Chico Mendes e da Secretaria de Meio Ambiente de Mucugê, ganhou um reforço considerado primordial: o helicóptero da Polícia Militar, que está fazendo o transporte dos brigadistas, além de levar água e alimentação para os locais apontados como focos do incêndio.

“O acesso é muito difícil, não passa carro, e temos de andar cerca de quatro horas para chegar aos focos. Com a aeronave, o trabalho melhora, já que ganhamos tempo”, afirmou o secretário de Meio Ambiente e Turismo de Mucugê, Euvaldo Ribeiro Júnior.

A área atingida é uma reserva particular do patrimônio natural (RPPN). Mas, mesmo assim, estão sendo tomadas todas as medidas para que o combate ao fogo seja feito o mais rápido possível, para que não se propague e atinja outras áreas.

O vento é o maior inimigo segundo a coordenação dos trabalhos, já que facilita a propagação das chamas. “Estamos fazendo barreiras com equipamentos manuais, como abafadores, bombas costais (mochilas com capacidade para 30 litros de água), e temos a favor barreiras naturais, como os rios, que são três cobrindo a região”, explicou Bruno Lintomen, chefe do Parque Nacional da Chapada e representante do Instituto Chico Mendes.

Causas - Vegetação seca, baixa umidade do ar, altas temperaturas e a falta de chuvas estão sendo os principais motivos apontados como causa do incêndio, que é uma constante nesta época do ano. “Temos dificuldades como o número reduzido de brigadistas e equipamentos, mas o pior é não haver aeronave de combate a incêndio na Chapada Diamantina”, destacou Ribeiro Júnior.

O local do incêndio fica a três quilômetros da sede de Mucugê e, apesar da variedades de fauna e flora, como veados, onças, pássaros, répteis, tatus, coelhos, raposas, orquidários naturais e campos de sempre-viva (flor da região), não é atrativo turístico.

O último incêndio na área ocorreu há 15 anos, mas o local foi totalmente regenerada. Em 2008, outro no Parque Nacional da Chapada Diamantina destruiu cerca de 1/3 da área e foram 40 dias para conseguir controlar as chamas. “Este foi o maior incêndio ocorrido na região pela proporção que atingiu, ele não sai da nossa lembrança”, frisou Bruno Lintomen.

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