Segundo informações da delegada titular de Coaraci, Valéria Fonseca Chaves, responsável pelas investigações do caso, Gilvan foi morto na casa da amante. Em depoimento, Cleides confessou ter assassinado o marido na casa da amante por ter descoberto a traição.
"Segundo Cleides, Gilvan já havia traído a mulher algumas outras vezes durante os mais de 12 anos de relacionamento com ela", explicou a delegada. Ainda de acordo com Cleides, foi o sogro, pai de Gilvan, quem contou para ela na noite desta terça (4) que ele a estava traindo com uma mulher chamada Nilzete.
"Ela já estava desconfiada que Gilvan a traía com Nilzete, que morava no município há apenas três meses, e desconfiamos que ela seja natural de Eunápolis", afirmou Valéria. Segundo Cleides, há algum tempo Gilvan deixou de ajudar nas despesas da casa e ela e seus quatro filhos, de 8, 6, 4 e 2 anos estavam passando dificuldades.
Segundo o pai de Gilvan, depois de começar o relacionamento com Nilzete, que morava na mesma rua que sua mulher, Gilvan alugou uma casa para a amante em um outro bairro do município, para que Cleides não desconfiasse. O sogro ainda deu a Cleides o endereço da amante de Gilvan.
Armada com uma faca, Cleides foi até a casa de Nilzete, encontrou o portão aberto e ficou durante algum tempo escutando a conversa dos dois pelo lado de fora de uma das janelas. " Cleides escutou que o plano de Gilvan era vender os dois imóveis que ele tinha, inclusive a casa onde ela morava com os filhos, contar para a mulher que o dinheiro seria para comprar gado, mas, ao final, fugiria da cidade com a amante", explicou a delegada Chaves.
Depois de descobrir quais eram os planos de Gilvan, Cleide decidiu tocar a campanhia da casa e discutir com os dois. No depoimento, Cleides afirmou que Gilvan percebeu que era ela quem estava à porta e já atendeu com dois tijolos nas mãos, ameçando agredí-la.
Quando se sentiu ameaçada, Cleides atingiu Gilvan no pescoço e fugiu correndo para a casa da cunhada, Gilvânia, onde contou o que tinha acabado de acontecer. "Já na casa da irmã de Gilvan, as duas tentaram ligar para o celular dele para saber seu estado de saúde, mas ninguém atendeu", disse Valéria.
Momentos depois, Nilzete mandou uma mensagem de texto para Gilvânia para contar-lhe que Gilvan estava em estado grave. Diante da notícia, Cleides e Gilvânia foram ao hospital da cidade, mas não encontraram nenhum paciente esfaqueado.
"Foi depois de descobrir que ele não estava no hospital que Cleides ligou para a polícia, contou o que aconteceu e foi com os agentes ao local para socorrer Gilvan, que já estava morto", explicou a delegada.
Cleides se entregou à polícia e está custodiada na carceragem da Delegacia Territorial de Coaraci. O enterro deve ser realizada na tarde desta quarta-feira (5) e, nos próximos dias, os familiares prestarão depoimento sobre o caso.
"Nilzete fugiu depois da confusão e continua desaparecida. Como ela não era da cidade e morava há pouco tempo aqui, ninguém sabe como encontrá-la, mas esperamos que ela compareça à delegacia prestar esclarecimentos sobre o caso", concluiu a delegada Valéria Chaves sobre as investigações.
Anna Larissa Falcão | Redação CORREIO/ Fotos Radar Notícias
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