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Polêmico e revolucionário, o carnavalesco Joãozinho 30 foi o responsável pela grandeza e modernidade que o carnaval brasileiro representa hoje. Com ele, o carnaval carioca perdeu um pouco do chão, do passista e sua ‘letra’, da tradição do samba no pé, para ganhar glamour. O carnaval virou uma ópera popular ao ar livre.Nos anos 70, o jovem artista plástico, discípulo de Fernando Pamplona, se consagra pela escola de samba Acadêmicos do Salgueiro, conquistando o bicampeonato de 1974/75.

Em 1986, Joãozinho Trinta, transforma uma pequena e desconhecida escola de samba de uma cidade que não é o Rio de Janeiro. A Beija-Flor, do município de Nilópolis, surpreende a Rua Marquês de Sapucaí com um desfile de carros grandiosos e vence o carnaval de 1976, repetindo o feito em 1977 e 1978.


Sua última conquista foi com a Unidos da Viradouro em 1997, e uma das últimas aparições na avenida foi durante o desfile que deu o título à Unidos de Vila Isabel em 2006, com o tema: ‘Soy Loco por ti América, a Vila canta a latinidade’. Uma das frases que marcou a vida de Joãozinho Trinta foi dita após o desfile da Beija-Flor em 1989: “Quem gosta de miséria é intelectual...pobre gosta é de luxo!”


Memória Digital.

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