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Adolescente sobrevive depois de 26 dias à deriva no Pacífico


Um adolescente sobreviveu após ficar à deriva em um pequeno barco no Oceano Pacífico por 26 dias.
Adrian Vasquez, de 18 anos de idade, deixou o hotel onde trabalha como enfermeiro no Panamá e saiu para pescar com dois amigos em fins de fevereiro.


Ele foi encontrado sozinho no barco de 3 m de comprimento no domingo nas proximidades das ilhas equatorianas de Galápagos, mais de mil km do ponto de partida.


O capitão da guarda costeira do Equador Hugo Espinosa, que socorreu Vasquez, disse que o adolescente contou que o barco voltava repleto de peixes após dois dias de pescaria quando o motor falhou, por volta das 18h00 do dia 24 de fevereiro. Os três tripulantes podiam ainda avistar a terra.


Nos primeiros dias, eles ainda tinham muita comida e água, mas quando o gelo derreteu, eles tiveram que jogar fora o peixe apodrecido e seus ânimos foram esmaecendo. Eles comiam o que conseguiam capturar com sua rede.


O mais velho do trio, Oropeces Betancourt, de 24 anos de idade, parou de comer e beber após duas semanas. Ele morreu no dia 10 de março e seu corpo começou a se decompor depois de três dias, sendo jogado no mar.


O outro adolescente, Fernando Osório, de 16 anos, morreu no dia 15 de março, aparentemente de desidratação e insolação. Após três dias, Vasquez jogou o corpo do amigo no mar.


PERDIDO


Ele então teria ficado sem água nos dias seguintes, quando o sol estava forte e constante.


Espinosa diz que "quando Vasquez estava quase morto, no dia 19 de março, choveu e o jovem conseguiu encher quatro galões de água".


Ele teria passado os cinco dias seguintes comendo peixe cru até ser avistado por um barco pesqueiro, que avisou a Guarda Costeira. Após ser resgatado, ele pediu para fazer dois telefonemas, para sua mãe e seu patrão, para explicar tantos dias longe do trabalho.


"Ele não sabia o que estava acontecendo. Estava quieto, parecia perdido", disse Espinosa.


O capitão afirmou que, após ser hidratado e dormir por várias horas, Vasquez acordou com muita fome e sede.


"Pouco a pouco ele começou a reagir. Mas quando se fala sobre seus amigos mortos, ele fica em silêncio e abaixa o olhar. Ele custou muito a discutir o tema."


TRIBUNA DA BAHIA

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