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Em visita a Obama, Dilma pretende fortalecer laços entre Brasil e EUA

A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, embarcou na manhã deste domingo (08/04) para Washington, nos Estados Unidos, onde se encontra com o presidente Barack Obama. Ela também cumprirá agenda em que discutirá temas como a crise econômica internacional, a Conferência Rio+20 e o Programa Ciência sem Fronteiras.

Ainda neste domingo, Dilma se reúne com empresários brasileiros que estão no país para participar, na segunda-feira (09/04), de seminário com empresários norte-americanos e discutir alternativas de negócios.

O primeiro compromisso da presidente na segunda-feira será a reunião com Obama, seguida de almoço na Casa Branca oferecido pelo chefe de Estado norte-americano. No início da tarde, os dois presidentes participam do encerramento do Foro de Altos Executivos e, em seguida, Dilma encerra o seminário empresarial Brasil-EUA: Parceira para o Século 21. O último compromisso do dia é um encontro com empresários norte-americanos.

Na terça-feira (10), a presidente cumpre o último dia de agenda em visita à Universidade Harvard. A visita faz parte da estratégia do programa do governo brasileiro Ciência sem Fronteiras, cuja meta é enviar 100 mil pesquisadores brasileiros para o exterior até 2014.

O principal objetivo da visita de Dilma na viagem aos Estados Unidos é estabelecer uma relação mais equilibrada entre brasileiros e norte-americanos. Dilma pretende dizer a Barack Obama que as diferenças entre o Brasil e os Estados Unidos não afastam, mas garantem a consolidação de parcerias e acordos nos mais diversos setores.

Laços comerciais

Na avaliação do presidente da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), José Augusto Castro, a visita presidencial marca a retomada da relação comercial entre os dois países. “Desde 2000, esta é a primeira viagem com finalidades comerciais. Antes só havia participações dos presidentes em reuniões da ONU (Organização das Nações Unidas) e do FMI (Fundo Monetário Internacional)”, disse.

Castro destacou que o atual momento de crise econômica mundial favorece ainda mais a posição brasileira no mercado internacional. “O Brasil tem hoje sólida saúde financeira e é isso que tem gerado interesse de outros países. Os Estados Unidos são o maior mercado do mundo, temos que estar lá e nos aproximar do país porque estamos muito distantes. Temos que aproveitar que os Estados Unidos têm interesse no mercado brasileiro que é grande e crescente”, declarou.

Em 2011, o óleo bruto de petróleo foi o principal produto brasileiro vendido aos Estados Unidos. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, no período, as exportações brasileiras ao país somaram 25,942 bilhões de dólares. O valor representou 10,1% de todos os embarques externos do Brasil, de 256,040 bilhões de dólares. De janeiro a março deste ano, as vendas externas brasileiras aos Estados Unidos somam 6,966 bilhões de dólares. Aumento de 7,5% ante o mesmo período do ano passado, 4,940 bilhões de dólares.

Mesmo com o aumento, o Brasil continua com o saldo deficitário. Em 2011, as importações somaram 34,225 bilhões de dólares. No acumulado dos três primeiros meses do ano, as compras dos EUA estão em 7,735 bilhões de dólares. Déficit de 769,5 milhões de dólares.


Wilson Dias/Agência Brasil

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