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Sambista Dicró morre aos 66 anos; enterro será nesta quinta no RJ


O sambista Dicró, conhecido por compor sambas bem-humorados, recheados de sátira e brincadeiras com as sogras, morreu na noite de quarta (25) em Magé e será enterrado nesta quinta em Mesquita, também na Baixada Fluminense.
Dicró tinha 66 anos e sofria de diabetes e de insuficiência renal. Depois de uma sessão de hemodiálise, ele passou mal em sua casa e foi levado para o hospital, onde sofreu um infarto e não resistiu. Em novembro do ano passado, o artista chegou a ser submetido a uma cirurgia, Hospital estadual Adão Pereira Nunes, para tratar uma inflamação na vesícula.
O enterro será no cemitério Parque Jardim Mesquita, em Édson Passos, e está marcado para as 16h.
Carreira
Na década de 1990, Dicró formou parceria com os sambistas Moreira da Silva e Bezerra da Silva, encontro que resultou no álbum "Os 3 malandros in concert".

O sambista nasceu em Mesquita, na Baixada Fluminense, mas sempre teve um carinho muito especial pelo bairro de Ramos, no subúrbio do Rio. Segundo ele, quando era pequeno, ia a pé de Mesquita até a praia de Ramos, pois não tinha dinheiro para pagar a passagem.
Para o sambista, essa era a razão pela qual incluiu Ramos em algumas de suas músicas. Quando a praia começou a ficar suja, Dicró chegou a organizar um abraço simbólico da população no entorno da praia.

Um dos últimos CDs lançados por Dicró era vendido na rua, de mão em mão. O projeto, que é chamado "CD Rua" e é de autoria do cantor Aguinaldo Timóteo, dá a possibilidade de o artista vender o CD a preço popular, o que, segundo Dicró, era mais justo com os seus fãs.
 
Em 2010, ele fez uma série de participações especiais no Fantástico como "supercorrespondente no mundo dos bacanas" (veja os vídeos).
Em março daquele ano, teve uma crise de hipertensão e foi internado. Depois de ter alta,declarou ao Canal F do Fantástico: "Não morri, não. Estou aí, duro na queda. Só estranhei uma coisa: andei de jatinho, de navio luxuoso, de limusine, de Ferrari e, de repente, quando eu me dou conta estou dentro de uma ambulância. Sabia que eu era gordo, cachaceiro e mentiroso, e diabetes eu descobri há pouco tempo. Cheguei no hospital, e os caras me internaram. Forçando uma barra: parei de beber e parei de fumar. Eu só nao consigo parar de mentir". 
G1

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