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1º de abril. Dia da mentira.


Mas, honestamente, nós já não mentimos TODOS os dias? Pra nós mesmos, para os outros, conhecidos ou não. Nos perguntam se tudo está bem, respondemos que sim, tudo está bem; fazemos essa pergunta, como se quiséssemos de fato saber; mentimos sobre o nosso peso e nossa idade, porque o que outro vai pensar a respeito, importa muito; mentimos quando dizemos que estamos felizes com nosso relacionamento; mentimos porque não queremos machucar o outro; mentimos dizendo que não saímos com aquele cara ou aquela mulher, porque nossos amigos iriam zoar com nossa cara; mentimos quando dizemos que defendemos o meio ambiente, quando ainda jogamos lixo na rua, porque a lixeira está longe demais... 
Mentimos todos os dias, mentiras grandes, mentiras pequenas. Mentimos porque a realidade é mais difícil de ser digerida, embora ainda mentimos dizendo que "eu gosto de quando me são sinceros". Mentimos para ser convenientes a nós, mentimos para ser convenientes aos outros. Mentimos sobre as nossas mentiras, mentimos tanto, que vez em quando acreditamos que possa ser verdade. 
Então, por que usamos um dia específico para algo que fazemos com tanta frequência? Para algo que nos machuca, que machuca os outros (a médio e longo prazo)? Por que continuamos a nos enganar? Por que, ao invés de usarmos um dia para intensficar todas essas mentiras - e depois dizer que foi brincadeira - não o usamos para ser sinceros com os outros e, principalmente, com nós mesmos? 
Vamos usar o 1º de Abril para falar a verdade. 
Quando nos perguntarem se tudo está bem, dizemos que tudo não está, mas que ainda há jeito; Se nos perguntarem sobre as nossas dívidas, sejamos sinceros ao falar que elas existem, aos montes, mas estamos correndo atrás para liquidá-las; E falamos também daquela moça ou moço com quem saímos, e que gostamos, independente do que achem; E tentemos melhorar a nossa relação com o ambiente em que vivemos, embora o lixo que cai da nossa mão, nem sempre vá para onde deve ir; E sentemos, também, com o nosso parceiro pra dizer o que nos incomoda e se ainda temos como continuar em frente; E se tivermos de dizer ao outro o quanto ele nos chateia, o quanto ele nos fere, que falemos, ao invés de dizer que tudo está bem. 
Que seja, ao menos hoje, um dia para celebrarmos com a verdade. 

1º de abril. Porque ele pode e deve ser, sim, um Dia da verdade. 
Editorial gentilmente cedido por Camila Borges Cunha, leitora do Bahia Acontece.
Camila Borges Cunha

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