Juazeiro/ BA: Homem é levado à delegacia suspeito de tentar jogar cadela em rio

Um homem foi denunciado e encaminhado à delegacia em Juazeiro, região norte da Bahia, sob suspeita de tentar jogar uma cadela viva dentro de um rio. O caso aconteceu na sexta-feira (12), quando o aposentado Jonas Torres foi visto à beira do Rio São Francisco por uma pessoa que passava pelo local e registrou com um celular toda a ação. O dono do animal se defende e diz ter achado que a cadela estava morta e tinha a intenção de enterrá-la às margens do rio.

De acordo com o delegado de Polícia Civil em Juazeiro, Nélio Neves, o aposentado foi autuado por maus-tratos de animais, um crime ambiental, mas por ser um crime de menor porte, assinou um termo circunstanciado de ocorrência e vai responder o processo em liberdade. "A pena é de três meses a um ano e o procedimento vai para o Juizado Especial Criminal", afirmou.

O suspeito se defende e diz que não maltratava a cadela, e ainda que comprou vários remédios para o tratamento dela. Ele afirma que só levou o animal até as margens do rio para enterrar a cadela, que para ele, já estava morta. "Eu tinha consciência que ela estava morta e a minha intenção era levar ela lá para a beira do rio e enterrar ela. Depois que eu vim analisar que eu estava errado. Eu tinha que procurar saber o órgão, se tinha órgão na cidade que mexia com aquele fatos [sic.] para o órgão de imediato tomar conhecimento do que estava acontecendo", justificou-se o aposentado.

A cadela foi salva. Ela se chama Loly e está em fase de recuperação. Da raça "fila", ela tem cerca de cinco anos de idade e ainda está muito fraca e se alimenta através de soro.
Segundo veterinários, Loly foi diagnosticada com febre alta, desidratação, anemia, além de um tumor venéreo canino. De acordo com a veterinária Cláudia Soares, isso pode ter levado o dono de Loly a abandonar o animal às margens do rio São Francisco.

Dono do animal

“Uma cliente minha ligou fazendo a denúncia que haveria um senhor com um animal ainda vivo, dentro de um saco, dizendo que ia arremessá-lo dentro de um rio porque esse animal já estaria condenado a morte”,  disse a veterinária.

G1