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Apresentação escolar com Hino Nacional em versão funk causa polêmica na web



Uma apresentação dos alunos da Escola Senador Humberto Lucena, em Cacimba de Dentro, no interior da Paraíba (cerca de 160 km da capital João Pessoa), tem causado polêmica na web. Isso porque, durante a abertura de um evento da instituição, uma turma de alunos fez uma coreografia de funk usando o Hino Nacional como base musical. De acordo com reportagem do jornal Extra, o professor Alan Oliveira, de 25 anos, passou a ser alvo de críticas, agressões verbais e tem recebido inclusive ameaças após compartilhar o vídeo da apresentação no Facebook. "São mensagens de racismo, coisas absurdas. Acionei o Ministério Público por conta de um comentário que dizia que os paraibanos são analfabetos. Meu advogado está cuidando disso", contou Alan. O professor explica que a ideia de realizar uma apresentação com o hino partiu da coordenação da escola, inspirada em uma coreografia de 2013, com o forró. Na época, não houve nenhuma reclamação sobre o gênero musical associado à canção. Para ele, há preconceito relacionado ao funk.  "Tomou uma proporção absurda. Vi comentários dizendo que eu deveria ser metralhado. Pensei no funk porque os alunos amam o funk. Fiz para atrair os alunos, para que eles participassem. A coordenação da escola me deu carta branca porque conhece meu trabalho", disse o professor, lembrando que na cidade, "só umas duas ou três pessoas foram contra". No Facebook, o vídeo já foi compartilhado mais de 15 mil vezes. Entre os comentários, há até quem defenda a volta da ditadura militar no Brasil. Além de comentários preconceituosos e agressões verbais, a imagem do professor aparece em diversas montagens, como em uma que seu rosto aparece no corpo do terrorista Bin Laden. "Façam isso na Rússia, Japão, Estados Unidos e Alemanha, que vocês verão o que é 'liberdade de expressão' eles vão ser livres em 'expressar' a vontade de fuzilar vocês em praça pública", escreveu um homem no perfil de Alan. "Pra dançar e rebolar a bunda aprende rapidinho, agora estudar, que é bom, nada", comentou outro.

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