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O Governo da Reconstrução e o Esporte de Jacobina, por João Jaques Valois

João Jaques Valois/Rádio Jacobina FM 99.1

O torcedor jacobinense está de luto. O Jacobina Esporte Clube perdeu o seu mando de campo. Tiraram o caramelo da boca da criança.

Tragédia anunciada, não! Apenas a constatação do nível de representatividade político atual de Jacobina. Estamos completamente órfãos! E o que se previa, logo após o término do campeonato da 2ª divisão, em maio de 2014, quando Jacobina ascendeu à elite do futebol baiano, infelizmente, aconteceu.

Veio então o mês de julho, ainda do ano p. p., e a Federação Baiana de Futebol realizou a inspeção nas instalações do estádio José Rocha, elencando as necessidades mais prementes para que a nossa única e velha praça esportiva se adequasse as exigências do estatuto do torcedor brasileiro e às normas da própria FBF... Começava então, ali, o calvário e a angústia do torcedor, uma vez que, de julho/14 a janeiro/15, seria relativamente muito pouco tempo para se implementar todas as reformas pretendidas.

Chatos, politiqueiros, enfadonhos e até terroristas foram alguns dos adjetivos taxados contra João Jaques, Vicente Gouveia, Jonas Ferreira e Geyder Gomes, quando, em seus recorrentes comentários, através da Rádio Jacobina FM, com altivez e espírito de jacobinidade, advertiam da exiguidade de tempo e pugnavam por uma maior celeridade às obras de reforma do estádio José Rocha, a fim de se abrigar os jogos do Jegue da Chapada, na competição estadual.

Não bastassem os desmandos, a incompetência e a incúria administrativa que hoje grassa na cidade e no município de Jacobina, estando a sua população, em coro, a reclamar por mais decência e resolutividade no trato da saúde pública, saneamento básico e sua infraestrutura, inobstante os contratos milionários firmados pela prefeitura municipal com terceirizadas desconhecidas, também, na área de esporte, faltam planejamento e política pública de qualidade que façam o jovem fugir das drogas. A propósito, a quantas andam o conselho municipal e o calendário anual de eventos esportivos tão importantes à prática salutar dos diversos desportos?!!! A verdade é que as competições tradicionais, a exemplo da Corrida Rústica Duque de Caxias, por ausência de ações e investimentos do poder público municipal, infelizmente, estão morrendo.

Com o retorno do Jacobina Esporte Clube ao campeonato baiano, segmentos do comércio formal e informal, da sede e interior do município e de toda a microrregião, apostavam no aquecimento da nossa economia, levando Jacobina a ganhar visibilidade estadual e nacionalmente, além de elevar o orgulho e autoestima de sua gente. Para frustração da torcida, em recente visita de inspeção, a FBF vetou a prática do esporte bretão no “Maracanã do Sertão”, em razão do péssimo estado em que se encontra o estádio José Rocha e a morosidade das obras de reforma, impondo-nos outra praça esportiva, o Joia da Princesa de Feira de Santana, como o nosso mando de campo... O sonho virou pesadelo!

Enfim, amigos(as), pior que a dor de saber que estamos abandonados é a sensação de nos sentir abandonados. E não se venha aqui jogar a responsabilidade para o poder público estadual... Ninguém sabe o que calado sente!... Jacobina, além de sede de região, tem nome, história e tradição. No seu território habitam quase cem mil pessoas e a presunção era de que se tinha um governo constituído, capaz de planejar, agir, se necessário brigar e defender os interesses do município. Afinal, todo o poder emana do povo e em seu nome deve ser exercido!

Jacobina não mais aceita a mentira, a inoperância, o imobilismo e a incompetência! A máscara caiu e o rei acaba de ficar nu, caminhando também para ficar só!

Àqueles que decepcionaram e viraram as costas à torcida jacobinense, fica um último recado: o povo é sábio; não subestimem a sua inteligência; a resposta será dada na hora certa...

REAGE JACOBINA! ACORDA E MOSTRA A TUA CARA! A FORÇA DA TUA CIDADANIA! ENDURECE O JOGO, JACOBINA!!!

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