Em 2014, o número de acidentes de trânsito tem diminuído consideravelmente na Bahia. Mesmo assim, as motocicletas continuam liderando, com larga vantagem, a lista das ocorrências no trânsito que mais leva às internações ao Sistema Único de Saúde – SUS. De acordo com dados da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), as incidências que envolvem os motociclistas chegaram a 5.073 no ano passado, representando 49%, das entradas nas unidades de saúde do Estado, em uma média de 3,4 internações para cada grupo de 10 mil habitantes. Os acidentes também têm gerado um gasto público de R$ 5,1 milhões – montante que representa quase metade dos gastos com Saúde com internações ocasionadas por acidentes de trânsito. O secretário da Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas, chama a atenção para o grande número de acidentes envolvendo motociclistas. “O número preocupa bastante, primeiro pela imprudência do pessoal que dirige motos, muitas vezes sem os devidos equipamentos de proteção, e também porque atinge uma faixa etária de uma população muito jovem, com lesões que podem deixar o paciente com sequelas para o resto da vida”, pontua. Os números, curiosamente conseguem ser menores do que de 2013 – quando houve 5.576 internações, com uma taxa média de 3,4 entradas em unidades de pronto-atendimento do Estado. Neste ano, esses mesmos gastos chegaram aos R$ 6,8 milhões, representando 58,5% dos gastos daquele ano. Ainda assim, a última vez que o governo arcou com um gasto inferior à R$ 5 milhões por conta das ocorrências com este tipo de veículo, foi em 2011, com um custo de R$ 4,8 milhões.Entre as internações do ano passado, o leito cirúrgico ainda ocupa o maior número das ocorrências com 3.244, seguido pelos leitos clínico (1.724), e o pediátrico (98). Outro número que impressiona é que as cinco mil ocorrências com motociclistas ganham das demais de forma disparada, já que a segunda maior vítima é o pedestre, com 1.420 internações. Outro fator alarmante é que a frota desse meio de transporte em duas rodas tem crescido, anualmente. Em janeiro deste ano foi registrada a frota de 1.115.430 motocicletas em toda Bahia, segundo dados mais recentes do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam). Na capital, o montante é de 117.243 motos. O crescimento nos últimos três anos tem sido superior a 10%. Em 2011, a frota baiana era de 831.420, enquanto que Salvador possui 93.350 motos. Em uma recente declaração, o secretário de Saúde também relatou, com preocupação, os danos que as motocicletas vêm causando no sistema de saúde. Na ocasião, Vilas- Boas afirmou que os hospitais do interior do estado haviam se tornado hospitais ortopédicos, por conta do alto número de vítimas de acidentes de moto, e ressaltou que uma infecção no osso – que pode ser conseqüência de ferimentos dos acidentes – leva o paciente ao hospital em um período de seis meses a um ano, caso o paciente estiver se medicando com os antibióticos regularmente. “O Brasil deve rever a lei de uso de motos”, afirmou
Bahia Acontece, com informações do Ministério da Saúde.
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