Companhias aéreas podem faturar R$ 860 milhões com malas



As empresas aéreas Latam, Gol, Azul e Avianca poderão finalmente começar a explorar um maior leque de receitas auxiliares, segmento ainda pouco explorado no Brasil, depois que a Justiça derrubou, na semana passada, a liminar que suspendia a cobrança da primeira bagagem despachada e fez valer as novas regras da Agência Nacional de Aviação Civil A regra deveria valer desde 14 de março, mas estava suspensa por uma liminar do Ministério Público Federal, que acusava o texto de ser lesivo aos consumidores. 




Nos Estados Unidos, por exemplo, as 25 companhias aéreas de transporte regular de passageiros arrecadaram US$ 4,2 bilhões com taxas de bagagens no ano passado. Isso representou 2,5% de todo o faturamento operacional da indústria, que atingiu US$ 168,2 bilhões. Se mantida essa proporção, as empresas aéreas brasileiras, que tiveram receita de R$ 34,5 bilhões em 2016, poderiam ter receita de R$ 860 milhões com bagagens. Estudo da empresa americana IdeaWorks indica que as bagagens representam 25% de toda receita auxiliar da aviação. São receitas auxiliares as geradas por itens além do preço básico do bilhete - transporte de cargas, assentos especiais, alimentos e bebidas e bagagens. A Gol faturou em 2016 (dados mais recentes) R$ 1,2 bilhão com itens extras - carga, comida e bebida a bordo, assentos especiais, programas de fidelidade e remarcação de passagens. Tarifas de bagagem poderiam representar uma receita a mais de cerca de R$ 300 milhões, se mantida a proporção que existe na aviação mundial. A companhia teve em 2016 uma receita total de R$ 9,9 bilhões. A Azul, por exemplo, informou ontem que vai oferecer, a partir de 1º de junho, tarifas com até 30% de desconto para clientes que partem do aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), para 14 destinos no país e que não despacham bagagens. Na chamada tarifa "Azul", o cliente pagará mais barato pela passagem na comparação com a tarifa "MaisAzul" e poderá escolher comprar ou não o serviço de bagagem despachada. Para incluir até 23 quilos de bagagem serão cobrados R$ 30, ultrapassando essa cota, será mantida a atual cobrança por quilo excedente. A categoria "MaisAzul" manterá a tarifária atual, que inclui franquia de 23 kg de bagagem.

FONTE: VALOR

Nenhum comentário:

Postar um comentário