Comemorações de final de ano requerem cuidados especiais
e atenção redobrada para os diabéticos
O final do ano é uma época na qual reuniões com família e amigos se tornam mais frequentes. Para os diabéticos, representa um período de alerta que requer mais cuidado para que essas comemorações não afetem a saúde e, com isso, sua qualidade de vida futura. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 13 milhões de brasileiros são atingidos pelo diabetes, sendo mais comum em pessoas acima de 40 anos.
O diabetes tipo 2, que acomete cerca de 90% da população, está diretamente ligado aos maus hábitos alimentares, falta de exercícios físicos, sobrepeso ou obesidade, além da predisposição familiar. "Pacientes já diagnosticados devem ter um cuidado ainda maior com a alimentação e tomada regular dos antidiabéticos orais e/ou insulina, pois precisam manter um controle rigoroso dos níveis de glicose sanguínea. Para o manejo da enfermidade é importante monitorar com certa frequência as glicemias de ponta de dedo (capilares) e contar com o acompanhamento de um especialista" explica a médica endocrinologista, membro da Sociedade Brasileira de Diabetes e da Doctoralia , Dra. Lilian Chehade . Os diabéticos tipo 1 são insulinodependentes e devem monitorar suas glicemias e adequar a dose de insulina de acordo com a quantidade de carboidratos ingerida para não ter hipoglicemia (glicemia menor que 70) ou descompensação glicêmica.
No período de festas, a escolha do que comer deve passar pelo o que é considerado saudável e com valor nutricional adequado, procurando evitar o jejum prolongado, os alimentos ricos em gordura trans, e com altos índices glicêmicos e calóricos. A alimentação deve ser equilibrada, optando-se por alimentos integrais em quantidades adequadas, e aumentar o consumo de verduras, legumes e carnes magras e oleaginosas.
"Quem tem diabetes não deve se preocupar apenas com a comida, mas também com as bebidas, principalmente as alcoólicas, que podem causar danos ao metabolismo, e quando consumidas em excesso o resultado é ainda pior", explica a especialista. As transformações químicas que são executadas no fígado por conta da bebida alcoólica fazem com que o nível de glicose se eleve, quando ingerida juntamente com alimento, causando tonturas e mal-estar. Segundo a especialista, o álcool pode também causar hipoglicemia quando o diabético toma algum antidiabético oral ou insulina e não se alimenta. "Geralmente o consumo de álcool está permitido em níveis de glicemia entre 100 e 140mg/dl. Procure um médico quando sentir que algo está errado" recomenda.
Ter cautela na alimentação e controlar o diabetes são procedimentos básicos para qualquer época do ano, assim como exercícios contínuos. "A doença tem que ser controlada para não desencadear as complicações crônicas, como retinopatia diabética, lesões nos rins, amputação de dedo ou perna, neuropatia e infarto" conclui a médica.
Conheça os sintomas do diabetes:
• Fome frequente;
• Sede constante;
• Vontade de urinar diversas vezes ao dia;
• Perda de peso;
• Fraqueza;
• Fadiga;
• Mudanças de humor;
• Náusea e vômito;
• Visão turva;
Dicas:
• Mantenha seu peso controlado;
• Prefira alimentos com baixo índice glicêmico, como cereais integrais, leguminosas e verduras no geral;
• Consuma fibras que reduzem absorção de glicose. A aveia é uma grande aliada;
• Exercício físico é um remédio natural, mas sem exageros: 30 minutos, 5 vezes na semana ou 50 minutos 3 vezes na semana;
• Evite o consumo de produtos processados, ultra processados e excessos na sobremesa. Reduza o consumo de massas, biscoitos e pães com farinha branca, e dê preferência a ervas finas como tempero e preparações assadas, grelhadas ou cozidas;
• Hidrate o corpo com água ou água aromatizada e evite as bebidas açucaradas;
Contato para jornalistas
LLYC
Thaynara Dalcin • Felipe Guimarães
Tel.: (11) 3054-3306
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