O decorador e arquiteto Jorge Dias, um dos sobreviventes do acidente aéreo ocorrido em Maraú, no litoral sul baiano, deu detalhes sobre o desastre, que aconteceu em novembro. Em relato enviado à Folha de S. Paulo, Dias afirmou que o piloto do avião saiu ileso do acidente.
“O piloto teve alta. Desceu do avião praticamente ileso. E não ajudou a abrir as portas. Deixou todo mundo se virar”, escreveu. De acordo com Dias, o piloto não conhecia a pista, desceu antes da hora e bateu numa guia que dividia a terra do asfalto. Com a queda, o tanque de combustível estourou e houve uma faísca na derrapagem.
O acidente deixou quatro mortos, entre eles o neto de Jorge, Eduardo Elias, de 6 anos. O arquiteto contou que o pai de Eduardo ainda não sabe da morte do filho. “Se estiver deprimido, a pele não cola. Já sofreu 16 cirurgias. Vai fazer mais algumas. Não se sabe quanto tempo vai ficar na UTI. O rosto dele não queimou tanto quanto o dos demais. Ele teve lesões nos braços, na perna, nas costas”, escreveu o arquiteto.
Dias ainda agradeceu ao governo da Bahia pelo suporte no socorro às vítimas, com uso de dois helicópteros UTI de resgate. Mais tarde, os feridos foram transferidos para o Hospital Geral do Estado.
“As pessoas têm mania de falar que hospital do Sistema Único de Saúde (SUS) é de povão, é uma porcaria. Nada disso. O hospital é incrível, os médicos foram incríveis. Doutor Barroso, cirurgião plástico e chefe da equipe de queimados, foi um deus. Salvou a vida de todos. Eu não sei se funciona em São Paulo, mas vi que funciona na Bahia. E nunca vi nada igual”, declarou, agradecendo ao governador Rui Costa, à primeira-dama Aline Peixoto e aos ministros da Defesa, da Justiça e da Saúde.
Metro1
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