“Vamos pedir aos habitantes da região metropolitana de Buenos Aires que voltem a ficar em casa a partir de 1º de julho e até o próximo dia 17. Só vão poder sair os trabalhadores essenciais. O resto, apenas para comprar alimentos e remédios, perto de casa.”
Segundo dados divulgados pelo governo federal, 97% dos casos ocorrem na região metropolitana – nos últimos 20 dias, o número de infecções cresceu 140%, e o de mortos, 98%.
Havia muita discordância entre as autoridades, pois Larreta é a favor da reabertura econômica, enquanto Kicillof alertava sobre um possível colapso, nas próximas semanas, dos hospitais da província.
A nova fase da quarentena, que começou a ser definida entre Fernández, Kicillof e Larreta na noite de quinta-feira (25), acabou entrando pela madrugada. O anúncio ficou para esta sexta-feira (26) ao meio-dia.
Mas o governo mudou o formato da apresentação, e perguntas dos jornalistas não foram permitidas.
Em vez do auditório da residência oficial de Olivos, onde costumavam dividir uma mesa pequena, o anúncio foi feito num salão mais amplo, com uma mesa maior, com grande distância entre eles.
O presidente argentino usou o Brasil como contraexemplo para justificar as medidas: “Se a Argentina tivesse seguido o caminho do Brasil, hoje teria mais de 10 mil mortos. E nós já perdemos mais de mil argentinos desde o começo da pandemia”.
Fernández disse que entende as preocupações com a economia, mas voltou a repetir que “uma economia que cai pode ser levantada, uma pessoa que morre, não”.
Segundo a universidade americana Johns Hopkins, a Argentina registrou até esta sexta mais de 52 mil casos de Covid-19 e 1.167 mortes em decorrência da doença.
“O problema econômico da Argentina não é a quarentena, é a pandemia”, disse Fernández.
Folhapress
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