A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (23) a Operação Contrassenha para desarticular fraudes contra a Previdência Social, realizada por um servidor público federal lotado na agência localizada no bairro das Mercês.
Segundo as investigações, desde 2017 o servidor fraudava processos de aposentadoria, principalmente aumentando de forma indevida o tempo de contribuição para facilitar o acesso ao benefício.
Para realizar as fraudes, o servidor aproveitava de fragilidade do sistema de cálculo de contribuições individuais, lançava valores bem abaixo do efetivamente devido, permitindo o pagamento de quantias irrisórias para contabilizar tempo de contribuição, bem como alterava ou incluía vínculos empregatícios fictícios com a mesma finalidade.
A Operação acontece em parceria com a Secretaria de Previdência do e Trabalho do Ministério da Economia. Segundo as investigações, o servidor tinha auxílio de terceiros que captavam clientes.
São cumpridos seis mandados de busca e apreensão, sendo cinco em Salvador e um em Catu/BA, expedidos pela Justiça Federal, que decretou também o afastamento das funções públicas do servidor do INSS e o bloqueio e sequestro dos bens e valores em nome dos investigados.
A estimativa é que o prejuízo aos cofres públicos é de mais de R$ 7,5 milhões, relativos a 75 benefícios com constatação de
fraude. Segundo a PF, o número de beneficiários pode aumentar com o avanço das investigações.
A identidade dos alvos não foi revelada. Entre os crimes, eles responderão por estelionato previdenciário, inserção de dados falsos em sistema informatizado, corrupção passiva e corrupção ativa.
Segundo matéria da TV Bahia, só na conta apenas um dos servidores alvo da operação, o técnico de carreira Rivaldo Nogueiro Machado, a Polícia Federal encontrou conta 1.5 milhão de reais depositado em uma de suas contas bancárias.
Varela Notícias / BATV
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