O piloto instrutor que estava passando a operação daquele aeroporto para outro piloto a bordo, confundiu as manetes. Ao invés de comandar a manete do flap para a posição de 30° graus, ele embandeirou ambas as hélices.
Uma "falha humana" causou a tragédia do voo 691 da Yeti Airlines, que caiu pouco antes de aterrissar em um aeroporto no Nepal com 72 viajantes há exatamente um mês, de acordo com as conclusões preliminares de uma investigação internacional.
As hélices do avião comercial, um ATR 72-500 fabricado pela companhia franco-italiana ATR, foram postas em passo-bandeira, o que fez com que o avião perdesse potência e acabasse caindo causando a morte de todas as 72 pessoas a bordo, revelou na quarta-feira (15) o relatório da Oaci (Organização da Aviação Civil Internacional).
Pôr o sistema em passo-bandeira permite que o piloto pare a propulsão da hélice durante o voo. No caso do ATR 72-500 da companhia aérea nepalesa, o passo foi posto sobre as hélices de ambos os motores.
"Ambos os motores perderam potência. Foi uma falha humana", disse à Agência EFE Buddhi Sagar Lamichhane, membro-secretário do comitê de investigação formado pelo governo.
O avião caiu em 15 de janeiro, 20 minutos após decolar de Katmandu a caminho do aeroporto no distrito de Pokhara, um centro turístico popular no país.
Com um tempo estimado de rota inferior a meia hora, o acidente ocorreu quando o avião tentava aterrissar no destino. Este foi o terceiro voo da tripulação naquele dia, que anteriormente havia percorrido as rotas Katmandu-Pokhara e Pokhara-Katmandu.
A investigação "não reportou nenhuma falha do motor", embora ainda haja muitos fatores a ser analisados extensivamente antes de um relatório final poder ser divulgado, explicou Lamichhane.
Os investigadores "estão analisando a razão por trás do ocorrido com ambas as hélices", acrescentou.
De acordo com o relatório, o voo foi operado por dois comandantes, um deles estava em processo de familiarização com o aeródromo e o outro era o piloto instrutor.
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