Com cartazes, eles pedem a condenação dos dois pilotos americanos do jato particular, Joseph Lepore e Jan Paul Paladino. Alguns manifestantes usam camisas pretas com a frase "Eu sou uma vítima".
"Nós estamos protestando contra a impunidade destes pilotos americanos irresponsáveis que estavam voando com o transponder [--equipamento anticolisão--] desligado e na rota errada. É a mesma coisa que trafegar na rua pela contramão e com as luzes desligadas. Eles ainda foram tratados como herois quando chegaram lá [Estados Unidos].
OS DOIS PILOTOS NA CHEGADA AOS EUA (FOTO)
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Então, estamos protestando contra este ato de deboche e desrespeito às famílias das vítimas", disse o engeheiro Carlos Rogério da Mota Mendes que perdeu a filha Marina de 24 anos no acidente.
Os pilotos americanos Joseph Lepore (de terno) e Jan Paul Paladino desembarcam nos EUA em 2007 após conseguirem habeas corpus
Um sargento foi condenado por estar no comando do console de controle quando o sinal do transponder do jato Legacy foi desligado e não informar a mudança de altitude da aeronave. Ele recorre da decisão. Os outros controladores foram absolvidos pela Justiça.
ACIDENTE
O acidente ocorreu em setembro de 2006 no espaço aéreo de Mato Grosso e matou 154 pessoas que estavam no voo 1907 da empresa aérea Gol.
O Boeing da Gol que fazia o vôo 1907 ia de Manaus (AM) para o Rio com previsão de fazer uma escala em Brasília (DF). Ao sobrevoar a região Norte do país, foi atingido pelo Legacy da empresa americana ExcelAire.
Os destroços do Boeing caíram em uma mata fechada, a cerca de 200 km do município de Peixoto de Azevedo (MT). Mesmo avariado, o Legacy, que transportava sete pessoas, conseguiu pousar em segurança em uma base na serra do Cachimbo (PA).
O acidente expôs a fragilidade do controle aéreo brasileiro. O assunto deflagrou ainda aberturas de CPIs (Comissões Parlamentares de Inquéritos) e investigações da Polícia Federal e Aeronáutica, que concluiu que o equipamento anticolisão do jato foi desligado durante o voo.
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FOLHA.COM
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