"Só vou falar sobre o assunto ao término do inquérito. Por enquanto não há acusados, mas nenhuma hipótese está descartada", disse o delegado-titular, Pedro Paulo Pontes Pinho.
Os nomes dos médicos não foram divulgados. Segundo a família da criança, três especialistas participaram da cirurgia.
A estudante Karen Nascimento da Silva, 20, mãe da menina de 18 dias, diz que sua filha teve a perna amputada após sofrer uma queimadura acarretada por um suposto erro médico durante cirurgia no IFF. Ela afirmou à Folha na última sexta-feira (11) que pretende processar nesta semana os médicos envolvidos no caso e o hospital.
"É muito doloroso passar por tudo isso. Ainda mais com um bebê recém-nascido. Foi um erro deles [médicos] e por isso quero Justiça", afirmou na ocasião.
Ainda na última sexta-feira, peritos da Polícia Civil estiveram no IFF para investigar os motivos do suposto erro médico. O laudo da perícia fica pronto em 15 dias.
O Cremerj (Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro) informou na quinta-feira (10) que vai abrir uma sindicância para investigar o atendimento ao bebê, que nasceu com quadro de hidroanencefalia grave, doença em que há acúmulo de líquido no cérebro. Por conta desse problema, ele foi submetido a uma operação no último dia 1º.
"Durante a cirurgia no cérebro, os médicos encostaram uma placa elétrica quente -- do bisturi -- na perninha do meu bebê. Ela sofreu queimadura de terceiro grau e precisou ter a perna amputada. Quando me disseram o que aconteceu no hospital não acreditei", disse Karen Nascimento.
De acordo com o IFF, durante a cirurgia, os médicos perceberam uma queimadura na perna direita da criança, no local "onde havia sido colocada a placa para utilização do bisturi elétrico".
Em nota, o instituto informou que o estado de saúde do bebê piorou e que "considerando o quadro circulatório não favorável e com o objetivo de preservar a melhor evolução da paciente" a equipe médica decidiu retirar a parte inferior da perna direita da menina.
Nesta segunda-feira, a criança segue internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Instituto Fernandes Figueira e seu quadro é estável.
Folha.com
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