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De acordo com Ettore, a polícia chegou a Manoel de Freitas Louvise, o homem suspeito de ter vendido o revólver calibre 38, de numeração raspada, após uma análise de peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), que conseguiu levantar a numeração da arma. A polícia, então, descobriu o dono do revólver, de 57 anos. Na tragédia, 12 crianças morreram e outras doze ficaram feridas.

Para o delegado, o caso está esclarecido. "Ele agiu sozinho. Trata-se de uma pessoa com perturbação mental que teve um surto psicótico e que culminou com essa tragédia que comoveu o país inteiro", afirmou, acrescentando que aguarda os laudos do Instituto Médico Legal apenas dar encerramento à investigação.

Descartado ligação com extremistas
Felipe Ettore disse ainda que localizou um rapaz que teria estudado com Wellington, chamado Abdul - nome citado em um dos manuscritos do atirador e que teria levado à suspeita de ligação com grupos extremistas. "Conversamos com o rapaz e temos convicção de que ele não tem nenhum envolvimento com esse louco que matou as crianças. Descartamos essa hipótese", acrescentou.

O delegado informou ainda que o suspeito confessou que vendeu a arma em setembro de 2010 por R$ 1,2 mil e que Wellington pagou em dinheiro.

Arma e munição
Segundo o delegado, Manoel confessou que vendeu ainda para o Wellington a munição para o revólver calibre 38, com pelo menos 60 cartuchos e também o equipamento usado para remuniciamento rápido, o speed loader.

De acordo com a polícia, o homem trabalhava em um abatedouro e teria sido colega de Wellington. O suspeito foi preso em cumprimento a um mandado de prisão preventiva e é acusado de comércio ilegal de arma de fogo.

Arrependimento

Avô de duas crianças, uma de 7 anos e outra de 12, Manoel mostrou arrependimento em ter vendido a arma, mas disse que ficou com medo de procurar a polícia. "Ele disse que a arma era para sua proteção, porque ia morar em Sepetiba. Infelizmente, precisava de dinheiro e ele acabou me convencendo", disse.

Wellington utilizou duas armas no ataque. A outra era um revólver de calibre 32. Dois homens foram presos, acusados pela polícia de negociar a compra desta arma.


G1

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