O parlamentar afirma que já foram identificadas no leite materno 5 substâncias derivadas de agrotóxico, e foi identificado que o agrotóxico é o quarto componente de intoxicação no Brasil, só perde para o material de limpeza.
O Parlamentar deixou registrado nos Anais desta Casa o caderno de informação da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, uma articulação da sociedade civil.
Teixeira parabenizou a Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, e também pelo lançamento do filme, o documentário, de Sílvio Tendler “ O Veneno à Nossa Mesa”.
“Eu recomendo a todos que assistam ao filme, que está disponível no site www.viomundo.com.br e também no site da UFRJ www.soltec.ufrj.br, esse caderno de formação, mostra-nos que o Brasil, desde 2008, é campeão mundial no consumo de agrotóxicos”.
Informou ainda o Deputado que em 2009, foi despejado 1 bilhão de litros de veneno na lavoura do Brasil. Com essa aplicação exagerada, o agrotóxico deixou de ser uma preocupação apenas de política agrícola. Esta também é uma preocupação da saúde pública e da preservação do meio ambiente.
Segundo a Associação Brasileira de Indústria Química, esse negócio, gira em torno de 7 bilhões de dólares/ano no Brasil. Antes, na década de 60, o Brasil tinha centenas de empresas que produziam agrotóxicos.
“Hoje 80% dos agrotóxicos no Brasil são produzidos apenas por 6 delas: Monsanto, Syngenta, Bayer, Dupont, Dow AgroSciences e Basf. Essas empresas dominam, monopolizam, 80% desse mercado. É uma luta difícil, árdua para todos nós porque o mercado de 7 bilhões de dólares certamente vai exercer uma pressão, como já exerce, sobre a ANVISA, como tenta impedir a ANVISA... Diversos componentes dos agrotóxicos que são proibidos em vários países da Europa e nos Estados Unidos são aplicados aqui”.
Teixeira informa ainda que irá propor um projeto de lei o mais breve possível para que a revisão dos agrotóxicos seja feita como os medicamentos, de cinco em cinco anos, e não por tempo indeterminado, como é feito hoje. Diversos componentes que são constatados como altamente nocivos à saúde pública só são retirados muito tardiamente do mercado.
“Queremos, sim, produção agrícola, queremos alimentos com baixo preço, mas queremos, sobretudo, preservar a saúde da população. Quem mais sofre são os pequenos agricultores que aplicam, são os trabalhadores rurais e, por fim, os consumidores”.
O Parlamentar informou ainda que os agrotóxicos afetam o sistema imunológico, o sistema endócrino, reprodutivo, neurológico, respiratório afetam praticamente todos sistemas do corpo humano, e trazem uma série de consequências inclusive matando pessoas.
O agrotóxico é o quarto responsável por intoxicação, só perde para os medicamentos, para os animais peçonhentos e para, para os materiais de limpeza, que se utilizam muitas vezes desses componentes para agrotóxico. Da assessoria do deputado Amauri Teixeira
Nenhum comentário:
Postar um comentário