Segundo informações de testemunhas, a jovem teria sido levada pelo ex-namorado, um jovem de 18 anos, identificado como Fábio Portugal, mais conhecido como Binho. O caso é investigado pela Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) da cidade.

Durante o namoro de poucos meses, Binho já teria demonstrado os ciúmes que sentia danamorada. Temendo as constantes agressões, Ruth teria deixado de freqüentar a escola e saía de casa somente para ir à igreja evangélica que fica próximo à casa onde mora.

“Quando a gente ficou sabendo que ele começou a agredir ela, o namoro foi proibido”, contou Arlete Ferreira, mãe da adolescente, ressaltando que no sábado passado, a menor saiu de casa em direção ao salão de beleza, onde foi vista pela última vez.
“Funcionários de lá (do salão) contaram que Fábio chegou muito agitado e carregou ela. Daí em diante não tivemos mais notícias”, lembrou, emocionada, em entrevista a uma emissora de TV local.

De acordo com a polícia, em junho deste ano a família teria procurado a polícia para denunciar as violências sofridas pela menor e exigiram uma medida protetiva de urgência, na qual Fábio ficava proibido de se aproximar de Ruth. “Foi representada a prisão preventiva dele, por descumprir a medida protetiva.

As investigações estão sendo feitas e sabemos que eles foram vistos na cidade de Palmas de Monte Santo. Fiz uma carta precatória para o delegado de lá, porém testemunhas nos informaram que eles já teriam retornado para a cidade”, afirmou o delegado Luis Henrique de Paulo.

DESAPARECIDOS OU NÃO – Detalhes de um fato podem fazer a diferença na hora da investigação. Segundo a delegada titular da Polinter, Neide Barreto, o caso de Ruth, assim como de muitos outros, é caracterizado como crimes pelo fato de a vítima ter sido sequestrada. “Não é um desaparecimento propriamente dito.

A Polinter é responsável por localização de pessoas e não para investigações criminais. Quando uma pessoa é levada à força por outra, ou quando o suposto desaparecimento tem características criminais, os casos são de responsabilidade da delegacia local”, explicou a delegada.

Barreto ainda ressaltou que não há como traçar um perfil das pessoas desaparecidas. “Os adolescentes quando desaparecem, geralmente, é por rebeldia. Os idosos, por maus-tratos sofridos em casa ou problemas neurológicos, mas não temos como traçar um perfil geral. Apenas podemos garantir que o nosso índice de localização está em cerca de 90%”, garantiu.

TRIBUNA

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