CARRETA PEGA FOGO NA REGIÃO DO SISAL.
A carreta da marca Volvo, placa KHV 1739 – licença de Boituva-SP, saiu da cidade de Campos Verdes – MT, e tinha como destino final a cidade de Maracanaú-CE, onde a carga seria entregue a uma indústria têxtil.
Imediatamente avisou pelo rádio ao colega que estava cerca de 200m à frente o que estaria acontecendo com o seu caminhão, sendo aconselhado pelo amigo e companheiro de viagem, que também transportava o mesmo tipo de carga, a parar o veículo e usar o extintor de incêndio, até que o mesmo pudesse retornar para ajudá-lo no combate ao fogo.
Mas, mesmo de posse do extintor de incêndio, Willians nada pode fazer, pois as chamas já estavam ultrapassando a lona de cobertura da carga. A fumaça não saia do sistema de freio do reboque; provavelmente já havia acontecido o estouro do cubo de freio e o superaquecimento do sistema já havia atingido a carroceria e a carga altamente inflamável.
A mistura de vento forte e o calor emanado das ferragens devem ter provocado a combustão da matéria prima do algodão. Incêndios com esse tipo de equipamento já ocorreram vários nas rodovias brasileiras provocados pelo superaquecimento do sistema de freios do reboque.
“As chamas cresceram muito rapidamente e se alastraram por toda a carroceria. Apesar de correr o risco de ser atingido pelo fogo, pude desengatar o cavalo-mecânico e retirar do local o caminhão, evitando-se assim um prejuízo bem maior”. Contou Willians, ainda assustado e consolado pelo amigo, ao repórter José Dílson Pinheiro, do site euclidesdacunha.com, único veículo de reportagem presente ao acontecimento, até, às 18h horas, quando se retirou.
A carreta sinistrada ficou sobre a pista do lado direito e algumas cordas de amarras da carga se romperam e vários fardos caíram sobre a pista do lado oposto e, ainda em chamas, interrompeu o tráfego de veículos.
Imediatamente, uma enorme fila se formou ao longo da rodovia que se estendeu por cerca de oito quilômetros, nos dois sentidos. Talvez, por um momento de distração do seu condutor, um automóvel Fiat Siena colidiu no fundo de uma carreta que estava estacionada na pista e fazia parte da longa fila de caminhões, carretas, ônibus e automóveis estacionados. Felizmente, não houve vítima e, apenas, prejuízo material no automóvel.
O fato foi comunicado ao serviço de rádio patrulha do 5º BPM, que deslocou uma guarnição comandada pelo sgto Adalberto para o local, na tentativa de controlar o fluxo de veículos e facilitar o tráfego; porém, pouco pode fazer, pois, alguns motoristas preferiram usar uma estrada carroçável ao lado da pista para prosseguirem viagem nos dois sentidos.
Por se tratar de estrada de barro, estreita e pouco usada por veículos motorizados, logo um tremendo ‘poeirão’ se formou e a visibilidade ficou bastante reduzida colocando mais risco na situação.
Impacientes com a demora da chegada da *Polícia Rodoviária Federal, um grupo de caminhoneiros resolveu agir por conta própria, já que ficaram sabendo das dificuldades que teriam de enfrentar ainda mais, já que Euclides da Cunha não possui uma brigada de combate a incêndio e a carga altamente inflamável não parava de queimar. Transportadores de produtos perecíveis eram os mais angustiados.
Um grupo de caminhoneiros que se encontrava do lado direito da pista no sentido Norte, próximo ao povoado de Tanque do Rumo, demonstrava medo de escurecer e eles continuarem ali; pois, haviam sido informados por companheiros, enquanto descansavam em um posto de combustíveis da cidade de Tucano, que seis colegas seus haviam sido assaltados naquele local, na noite do último sábado.
Ao repórter José Dílson Pinheiro do site euclidesdacunha.com, esses profissionais do volante contaram o modo operacional usado pelos bandidos que, em três motocicletas faziam a abordagem depois que o caminhoneiro reduzia a velocidade do veículo para não atropelar os jumentos que os meliantes colocavam de propósito na pista. De arma em punho, os assaltantes exigiam dinheiro, celular e outros pertences de valor das vítimas.
À Noite, por volta de 21h30, a pista foi liberada para o tráfego. *A reportagem do site euclidesdacunha.com foi informada de que a razão da demora para a chegada de uma guarnição da Polícia Rodoviária Federal, cuja base está em Ribeira do Pombal, há 100 km de Euclides da Cunha, deveu-se a um acidente com vítima fatal ocorrido na BR 110, trecho sob sua jurisdição, para onde a guarnição havia sido deslocada para adoção de medidas cabíveis.
Euclides da Cunha.com
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