Dilma planeja desonerar cesta básica
A presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira que o governo planeja eliminar os impostos aplicados aos produtos da cesta básica para conter a inflação, que segundo as previsões ficará em trono de 5% este ano.
"Nós estamos estudando a desoneração integral da cesta básica dos tributos federais", declarou Dilma em uma entrevista a rádios do estado do Paraná. A presidente afirmou que o governo está revisando o conceito de cesta básica, antes de definir quais produtos serão desonerados.
A governante confirmou que uma das metas traçadas para este ano é "reduzir a taxa de inflação", que fechou em 5,48% no ano passado e, segundo cálculos do setor privado, pode ser um pouco maior em 2013, apesar de o governo trabalhar com uma previsão de 5%.
Os produtos que compõem a cesta básica subiram em média 10% em 2012, segundo cálculos de organismos sindicais independentes.
Dilma não detalhou a forma como será feita a revisão dos produtos, mas disse que a lista atual está "ultrapassada" e, por isso, é necessária uma "adaptação".
A presidente afirmou que a política de desoneração de alguns setores realizada pelo governo a dois anos, junto com a tendência de queda das taxas de juros, garantirá o crescimento da economia, que será "mais lenta", já que "o mercado internacional ainda não se recuperou" da crise global.
O governo calcula que a economia brasileira, que fechou 2012 com uma expansão menor que 1%, crescerá em torno de 4% este ano, enquanto o setor privado estima que o crescimento será de 3,10%.
Sobre a política de desonerações, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje em um fórum empresarial realizado em São Paulo que a intenção do governo é mantê-la e inclusive aprofundá-la.
Mantega fez um balanço geral das diversas medidas adotadas para reduzir "os custos financeiros e de energia", e garantiu que o Executivo propõe para este ano "uma maior redução dos custos tributários".
Segundo o ministro, "o Brasil está em uma cruzada para reduzir os custos" de produção, a fim de baratear a vida dos cidadãos e para tornar as exportações mais competitivas no mercado internacional. EFE
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