A médica Kátia Vargas, acusada pelo Ministério
Público do Estado (MP-BA) de ter provocado o acidente que matou os
irmãos Emanuel e Emanuelle Gomes no bairro de Ondina, em outubro, foi
ouvida pela primeira vez nesta quinta-feira (12) no Fórum Criminal de
Sussuarana. Em depoimento, a médica negou ter colidido com a motocicleta
dos irmãos, e disse que Emanuel bateu o veículo no meio-fio após
ultrapassar o carro da oftalmologista.
Emanuel e Emanuelle Gomes
morreram no dia 11 de outubro |
"Ela
contou a mesma versão que o perito contratado pela família dela
divulgou", conta o advogado dos pais de Emanuel e Emanuelle, Daniel
Keller. A audiência, que teve início por volta das 14h30, foi breve e
durou cerca de 40 minutos.
Além de Kátia, os advogados de acusação e defesa
também fizeram alegações finais sobre o caso. O próximo passo fica a
cargo do juiz Moacyr Pitta Lima, que decidirá se a médica vai a júri
popular. Após ser ouvida, Kátia Vargas retornou ao Conjunto Penal
Feminino, onde está desde o dia 17 de outubro.
"O juiz não tem um prazo final, mas a decisão sobre o
caso pode sair até a próxima terça-feira (17)", especula o
advogado Daniel Keller. "Particularmente, eu acredito que a decisão
dele será de que a médica deve ir a júri popular, mas a defesa dela
também pode recorrer. Ainda existe todo um processo antes de que o
julgamento dela seja marcado", conclui.
Segundo a assessoria do Tribunal de Justiça da Bahia
(TJ-BA), essa foi última parte da audiência de instrução — a primeira
fase do procedimento de júri. Para que ela vá a júri popular, é
necessário que o juiz decida que existiu homicídio doloso, quando há
intenção de matar.
Kátia foi denunciada em outubro pelo MP por duplo
homicídio qualificado — por causar perigo comum e pela impossibilidade
de defesa das vítimas.
CORREIO
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