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Amauri Teixeira lembra desafios para conquista da igualdade racial



O presidente da Comissão de Seguridade Social e Família, deputado Amauri Teixeira (PT-BA), destacou em discurso no Plenário da Câmara que após a abolição da escravatura pela Lei Áurea, a abolição do preconceito, do racismo, dos crimes de ódio, das diferenças econômicas entre brancos e afrodescendentes ainda deverá ser feita. 
"Daí, a importância do Dia da Consciência Negra, para marcar o reconhecimento da dignidade do negro, para que a dignidade dos afrodescendentes não fique na dependência do arrependimento dos senhores de escravos e nem da pena e caridade diante do sofrimento do negro”, ressalta Amauri.
Para Amauri Teixeira, o Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, mostra também as mudanças que aconteceram nos últimos 12 anos a favor do negro brasileiro. Com as políticas afirmativas para vagas nas universidades e nos concursos públicos; mudanças na estruturação do sistema econômico que permitem acesso ao trabalho e alguns serviços públicos, como por exemplo, a política nacional de saúde diante da anemia falciforme.
                                                           
Segundo dados da Pesquisa Mensal de Emprego, do IBGE divulgados em janeiro deste ano, um trabalhador negro no Brasil ganha, em média, pouco mais da metade (57,4%) do rendimento recebido pelos trabalhadores de cor branca. Estamos falando de uma média salarial de R$1.374,79 para os trabalhadores negros, enquanto a média dos trabalhadores brancos  ganha R$ 2.396,74. 
"Muito embora essa desigualdade tenha diminuído nos últimos doze anos, ela continua alta para uma sociedade que se quer plenamente democrática. Segundo dados do IBGE, desde 2003 os salários pagos a indivíduos de cor preta ou parda aumentaram, em média, 51 por cento, enquanto o dos brancos aumentou uma média de 27 por cento",  informa o deputado.
Ainda de acordo com Amauri Teixeira, é provável que na próxima década, a diferença salarial entre brancos e negros será ainda mais reduzida graças a medida do governo federal em adotar o sistema de cotas raciais para o ingresso nas universidades públicas e, mais recentemente, nos concursos públicos.
"A Lei Áurea não representou a libertação dos escravizados. A abolição inconclusa gerou um ato que marginalizou os africanos e seus descendentes, situação que tem reflexos até os dias atuais e que, por meio das políticas públicas, devemos enfrentar. É isso o que nos diz o Dia da Consciência Negra", conclui Amauri Teixeira.

Assessoria CSSF

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