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Seminário discute regulamentação e benefícios do Canabidiol



Nesta terça-feira (18), a Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados (CSSF), promove o seminário “Canabidiol: regulamentação e benefícios no uso terapêutico”. O encontro acontece a partir das 14h, no plenário 07, anexo II.
O CDB é uma substância canabinoide presente na folha da Cannabis sativa , a maconha. De acordo com pesquisadores, não causa efeitos psicoativos ou dependência. Esse elemento tem uma estrutura química com grande potencial terapêutico neurológico. Dessa forma, pode ter ação ansiolítica  antipsicótica, neuroprotetora, anti-inflamatória, antiepilética e agir nos distúrbios do sono.
A polêmica sobre a legalização ou não da importação da substância divide opiniões. Ainda não há no país regulamentação para o uso medicinal da planta, e na prática não há regras claras para definir em que condições ela pode ser manipulada. Porém, recentemente, um primeiro paciente brasileiro conseguiu uma liminar na justiça para importar e utilizar um medicamento derivado da maconha.
Benefícios
Segundo o psiquiatra e neurocientista José Alexandre Crippa, que deve participar do seminário, o canabidiol possui diversas propriedades benéficas comprovadas no tratamento de esquizofrenia, Parkinson, fobia social, transtorno do sono, diabetes tipo 2 e mesmo na cura da dependência de drogas.
Pesquisa USP
Uma pesquisa recente da Faculdade de Medicina de  Ribeirão Preto (FMRP) da Universidade de São Paulo (USP),sobre o uso medicinal do canabidiol (CDB) mostrou que a substância extraída da maconha pode ser eficaz, por exemplo, no tratamento de pacientes com mal de Parkinson. 
Durante seis semanas, uma equipe monitorou 21 pacientes com Parkinson, divididos em três grupos. O primeiro recebeu 300 mg de canabidiol ao dia, o segundo 75 mg e o terceiro placebo (sem princípio ativo). Nem os médicos nem os pacientes sabiam quem estava tomando qual cápsula. Um terceiro integrante  numerou as substâncias e os dados foram cruzados apenas no final e foi constatada melhora no quadro dos pacientes que ingeriram canabidiol na dose de 75 mg, e ainda melhor na dose de 300 mg.
Anvisa
A importação da substância é ilegal. No entanto, a  Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) já afirmou, em nota, que “ainda que o Canabidiol esteja classificado como uma substância de uso proscrito, não há impedimento para que seja solicitado o registro de medicamento com a substância, o que será avaliado em relação a sua eficácia e segurança, caso ocorra. A importação de medicamentos sem registro no país é possível por meio de pedido excepcional de importação para uso pessoal”.
Convidados
-Jaime Moura Oliveira, presidente-substituto da Agência Nacional de Vigilância Sanitária-ANVISA
-João Menezes, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
-Renato Malcher, professor da Universidade de Brasília (UnB)
-Elisaldo Carlini, professor da Universidade Federal de São Paulo( UNIFESP)
-Katiele Fischer, familiar faz o uso do medicamento
-Ronaldo Laranjeira, diretor do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Políticas Públicas do Álcool e outras Drogas do CNPq
-Marisa Alves, psicóloga e coordenadora da Campanha "Maconha Não"
-José Crisppa , pesquisador da USP de Ribeirão Preto
-Mauro Lima, vice-presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp)
-Juliana Paolinelli, familiar faz uso do medicamento
O seminário é uma proposta dos deputados Amauri Teixeira (PT-BA), presidente da Comissão de Seguridade Social e Família, Mara Gabrilli (PSDB-SP), Rosinha da Adefal (PT do B- AL). Zequinha Marinho (PSC-PA), Dr. Rosinha (PT-PR), Paulo Teixeira (PT-SP) e Colbert Martins (PMDB-BA).

Assessoria CSSF

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