O governador da Bahia, Rui Costa (PT), comentou, nessa quarta-feira (19), sobre vídeo postado pelo senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ), onde mostra um corpo que supostamente seria do miliciano Adriano da Nóbrega.
Em Brasília, Rui declarou a jornalistas que as imagens não são do cadáver de Adriano. “São falsas. Posso garantir que aquilo não é nem do IML [Instituto Médico Legal] da Bahia nem do IML do Rio. Não são imagens dele. A imagem do corpo tem uma saída de bala nas costas e as costas dele estão lisas”, disse.
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O ex-PM possui ligação com Flávio Bolsonaro, que era deputado na época em que o miliciano recebeu uma homenagem na Assembleia Legislativa do Rio. Além disso, Flávio empregou sua ex-mulher e mãe. Em postagem, o senador indica que a vítima foi torturada antes de ser morta pelos policiais.
“Perícia da Bahia (governo PT) diz não ser possível afirmar se Adriano foi torturado. Foram 7 costelas quebradas, coronhada na cabeça, queimadura com ferro quente no peito, dois tiros à queima-roupa (um na garganta de baixo para cima e outro no tórax, que perdurou coração e pulmões) e as costas desse jeito aí que estão vendo no vídeo”, escreveu.
“Desculpas aos mais sensíveis, mas a postagem do vídeo é necessária para que não haja dúvidas de que ele foi torturado e assassinado, como queima de arquivo. E parte da imprensa está querendo botar na nossa conta. Uma semana antes do assassinato, a esposa de Adriano foi à imprensa denunciar que seu marido poderia ser morto a mando do governador do Rio. O caso é muito sério e tem que ser investigado até as últimas consequências”, prosseguiu na publicação.
Adriano da Nóbrega foi morto por policiais no domingo (9), em Esplanada, na Bahia. Ele estava foragido da Justiça do Rio de Janeiro, era suspeito de participar da morte de Marielle Franco e o motorista, em 2018, e investigado por supostamente chefiar o Escritório do Crime, grupo criminoso resposável por diversos homicídios.
VN
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