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Começa vacinação de professores e adultos de 55 a 59 anos

Vacinação contra gripe inclui professores e pessoas de 55 a 59 ...

Começou nesta segunda-feira (18/05) a vacinação de professores das redes pública e privada, e adultos de 55 a 59 anos de idade. Nesta etapa, a expectativa é vacinar 10,7 milhões de pessoas. Com esses dois grupos, o Ministério da Saúde encerra a terceira e última fase da Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe. Nas duas primeiras fases da ação, que teve início em 23 de março, 43 milhões de pessoas receberam a vacina. Com isso, todos os estados conseguiram atingir a meta na primeira fase, que foi destinada aos trabalhadores da saúde e idosos. Já na segunda fase, apenas seis estados alcançaram a meta prevista de vacinar 90% dos públicos prioritários.


A terceira e última fase da Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe foi dividida em duas etapas: a primeira ocorreu no período de 11 a 17 de maio, com foco nas pessoas com deficiência; crianças de seis meses a menores de seis anos; gestantes; e mães no pós-parto (até 45 dias). Nesta segunda etapa, estão os professores das escolas públicas e privadas, que devem apresentar o crachá funcional para comprovar o vínculo com alguma instituição; e os adultos de 55 a 59 anos de idade.
“Todas as pessoas que fazem parte dos grupos da primeira fase, segunda e primeira etapa da terceira fase, e que ainda não se vacinaram, podem procurar um dos 41 mil postos de saúde. As pessoas que integram os públicos prioritários precisam ficar protegidas. A vacina não protege contra o COVID-19, mas sim contra três tipos de vírus influenza, responsáveis por síndromes gripais e síndromes respiratórias agudas graves”, informa o secretário-substituto de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Eduardo Macário.
Mesmo sem a realização do dia D, o Ministério da Saúde tem recomendado que estados e municípios intensifiquem a divulgação da campanha e a importância da vacinação. Ao todo, nas três fases da campanha, 77,7 milhões de pessoas estão nos grupos prioritários para receberem a vacina.
Neste ano, o Ministério da Saúde mudou o início da campanha, de abril para março, para proteger de forma antecipada os públicos prioritários contra os vírus mais comuns da gripe. A vacina contra influenza não tem eficácia contra o coronavírus, porém, neste momento, irá auxiliar os profissionais de saúde na exclusão do diagnóstico para coronavírus, já que os sintomas são parecidos. E, ainda, ajuda a reduzir a procura por serviços de saúde. A vacina está disponível nos mais de 41 mil postos de saúde.
Até o momento, 63,2 milhões de doses da vacina já foram distribuídas aos estados para garantir a imunização do público-alvo da campanha. No total, o Ministério da Saúde investiu R$ 1,1 bilhão na aquisição de 79 milhões de doses da vacina para as três fases. A Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe segue até o dia 5 de junho e a meta é vacinar, pelo menos, 90% de cada um desses grupos.
A escolha dos grupos prioritários para a vacinação contra a gripe segue recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS). Essa definição também é respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias."

BALANÇO DAS PRIMEIRAS FASES

Nas duas primeiras fases da Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe de 2020, de 23 de março a 14 de maio, 60,5% do grupo prioritário havia sido vacinado contra a influenza com a aplicação de 43 milhões de doses da vacina.
O percentual citado acima não inclui os grupos de pessoas com comorbidades, membros das forças de segurança e salvamento, caminhoneiros, motoristas e cobradores de transportes coletivos, trabalhadores portuários e o público relacionado com o Sistema prisional por possuírem limitações em suas estimativas populacionais. Isso porque o quantitativo desse público é uma estimativa e pode haver sobreposição a partir de pessoas que integram diferentes grupos prioritários, por exemplo, ser caminhoneiro (público-alvo da 2ª fase) e idoso (público-alvo da 1ª fase). Assim, é possível informar apenas o número de doses, de fato, aplicadas da vacina contra a gripe nestes grupos que foi de 7,5 milhões.
As Unidades da Federação com maior cobertura até o momento são: Distrito Federal (69,86%), Minas Gerais (68,41%), Rio Grande do Sul (66,84%), Espírito Santo (66,71%), Santa Catarina (65,54%) e São Paulo (64,49%). Já os estados com menor cobertura são: Roraima (23,03%) Amazonas (30,28%) Amapá (37,41%), Pará (38,31%) e Acre (44,08%).
CONHEÇA AS FASES E OS PÚBLICOS PRIORITÁRIOS DA CAMPANHA
Fases da Campanha
Público-alvo
1ª fase (a partir de 23 de março)
- Idosos com 60 anos ou mais de idade
- Trabalhadores da saúde
2ª fase (a partir de 16 abril)
- Profisisonais das forças de segurança e salvamento
- Pessoas com doenças crônicas ou condições clínicas especiais
- Caminhoneiros, profissionais de transporte coletivo (motoristas e cobradores) e portuários
- Povos indígenas
- Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas
- População privada de liberdade
- Funcionários do sistema prisional
3ª fase (de 11 de maio a 5 de junho)
- Pessoas com deficiência
- Professores
- Crianças de 6 meses a menores de 6 anos
- Gestantes
- Mulheres no pós-parto até 45 dias
- Pessoas de 55 anos a 59 anos de idade

CASOS DE INFLUENZA NO BRASIL

O Ministério da Saúde mantém a vigilância da influenza no Brasil por meio da vigilância sentinela de Síndrome Gripal (SG) e de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em pacientes hospitalizados. São 200 unidades distribuídas em todas as regiões geográficas do País e tem como objetivo principal identificar os vírus respiratórios circulantes, permitir o monitoramento da demanda de atendimento dos casos hospitalizados e óbitos.
Em 2020, até o dia 5 de maio, foram registrados 2.137 casos de SRAG hospitalizados por influenza (gripe) em todo o país, com 180 mortes. Do total de casos que já tiveram a subtipagem identificada, 517 foram casos de influenza A (H1N1), com 75 óbitos; 53 casos e 10 óbitos por influenza A (H3N2), 326 de influenza A não subtipado, com 47 mortes; e 440 casos e 48 óbitos por influenza B.

Por Jéssica Cerilo, da Agência SaúdeAtendimento à imprensa

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