A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira contra Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, acusado de ser um dos principais articuladores do esquema de desvio de recursos de aposentados e pensionistas.
Além da detenção de Antunes, agentes da PF cumprem mandados de busca e apreensão na casa e no escritório do advogado Nelson Willians, também investigado no caso, afirma o g1. Os agentes também cumprem mandado de busca e prisão contra Maurício Camisotti, empresário apontado como sócio oculto de uma entidade e beneficiário das fraudes na Previdência.
A ação ocorre um dia após a CPI do INSS aprovar a quebra dos sigilos fiscal, bancário e telefônico de Antunes, que está convocado a prestar depoimento na próxima segunda-feira.
De acordo com as investigações, empresas ligadas ao “Careca do INSS” funcionavam como intermediárias financeiras das associações suspeitas. Essas companhias recebiam os recursos desviados e, em seguida, repassavam os valores a pessoas vinculadas às entidades ou a servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
A PF afirma que Antunes recebeu R$ 53 milhões de associações de aposentados e pensionistas. Desse montante, mais de R$ 9 milhões foram transferidos diretamente para pessoas ligadas ao instituto.
Com a prisão, a expectativa é de que o depoimento de Antunes à CPI do INSS ganhe ainda mais relevância para o avanço das investigações sobre o esquema, considerado um dos maiores já identificados contra o sistema previdenciário.
Quem é o ‘Careca do INSS’?
Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o “careca do INSS”, movimentou R$ 12,2 milhões em contas bancárias em um prazo 129 dias, pouco mais de quatro meses.
Antunes é citado pela PF como a figura central do suposto esquema de descontos indevidos em aposentadorias e pensões do instituto.
Suas empresas operavam como intermediárias financeiras para as entidades associativas, de acordo com a documentação da investigação. A defesa dele afirmou que as acusações não correspondem à realidade dos fatos.
A polícia pontua que o empresário realizava “repasses no mesmo dia do recebimento, mantendo saldo pouco significativo disponível em conta, indicando possível urgência em dificultar o rastreamento dos valores”.
O Globo
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