Capitão da PM que atirou em soldado já foi preso por roubo e extorsão
O capitão da Polícia Militar Adriano Maciel Moreira, 33 anos, foi preso em flagrante, na manhã de ontem, depois de atirar duas vezes contra o soldado PM Michael Lima Carinhanha, 29.
O desentendimento entre os dois policiais, que estavam de folga e não se conheciam, ocorreu por volta das 5h, no Bar Escadinha, na Avenida Pinto de Aguiar, em Pituaçu.
O capitão Adriano, lotado na 12ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Rio Vermelho), está preso na Custódia Provisória (CCP), no Batalhão de Choque, em Lauro de Freitas. Em 2010, ele havia sido afastado da PM, acusado de extorsão. Ele pode responder por tentativa de homicídio.
Já o soldado Michael, da 50ª CIPM (Sete de Abril), foi socorrido para o Hospital Roberto Santos. Ele foi ferido na perna e no pescoço, mas, até ontem, seu quadro de saúde era considerado estável. Além dos tiros, ele levou uma coronhada do oficial.
De acordo com informações da 39ª CIPM (Boca do Rio), que prestou socorro a Michael, ele estava saindo do bar quando foi abordado. O capitão teria sido alertado por um amigo que Michael estava armado e foi verificar. Ainda segundo policiais da 39ª CIPM, o soldado achou que seria assaltado e mostrou a arma. Neste momento, o capitão atirou.
Pedindo anonimato, um policial amigo de Michael contou que também foi ameaçado pelo capitão Adriano. “Eu achei que fosse um assalto. Levei uma coronhada no rosto e corri para a cozinha. Um dos meus colegas correu para trás de um dos carros e quando eu voltei para ver o que tinha acontecido com Michael, ele (Adriano) colocou a arma na minha cabeça de novo”, contou o PM.
Ainda segundo o colega do policial baleado, só depois de ser atingido é que ele se identificou como soldado PM. No posto policial do Hospital Roberto Santos, o caso foi registrado como uma “tentativa de assalto, praticada por três elementos, sendo que apenas um deles estava armado”.
Arma
No momento da confusão, os dois policiais estavam de folga. Nestas situações, os policiais têm o direito de estar armados, desde que não estejam ingerindo bebida alcoólica, como esclareceu o corregedor adjunto da Polícia Militar, tenente coronel Souza Neto.
“A lei assegura o porte de arma para o policial militar, desde que seja uma arma registrada no Sistema de Gerenciamento Militar de Armas (Sigma). Mas, há uma portaria que proíbe o porte em caso de uso de bebida ou em situações como o Carnaval”, explicou.
Ainda segundo o coronel Neto, quando um policial é flagrado portando uma arma sem cumprir as normas estabelecidas, ele responde a processo disciplinar.
No local do crime, duas armas foram apreendidas: a do capitão Adriano, que estava registrada, e uma arma fria, que teria sido encontrada com o soldado Michael.
Segundo o policial que também foi agredido pelo capitão, Adriano chegou a chamar a polícia e denunciar Michael por porte ilegal. Por conta disso, o soldado pode responder a processo na Justiça comum.
Oficial já foi preso em 2010 por crimes de roubo e extorsão
O capitão da PM Adriano Maciel Moreira, que foi candidato a vereador nas últimas eleições pelo Partido Social Cristão (PSC) e apresentou certidão de antecedentes criminais com “nada consta”, já chegou a ser afastado da Polícia Militar, em 2010, depois de ser preso por extorsão.
Na época, ele foi acusado de participar do roubo de um Fiat Pálio prata (placa JPP-5161) e forçar a vítima a entregar R$ 1,2 mil para que fosse libertada. Em seguida, teria exigido outros R$ 3 mil para que o mesmo carro fosse devolvido. Na época em que foi preso, Adriano ainda era tenente e trabalhava na 33ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Valença).
Em nota, a assessoria da PM informou que, após o afastamento, o então tenente Adriano foi reintegrado e promovido devido a uma decisão judicial. “O processo que avalia a sua permanência concluiu pela incompatibilidade dele com o oficialato da PM e se encontra em tramitação para o seu afastamento definitivo”, informa a nota.
Questionado sobre o comportamento de Adriano nas atividades policiais, o major André Ricardo, comandante da 12ª CIPM, onde o capitão é lotado, disse que não tinha autorização para falar sobre isso. Por sua vez, o capitão Dias, subcomandante da 50ª CIPM, elogiou o comportamento do soldado Michael, vítima dos disparos de Adriano. “Apesar de novo, ter somente dois anos de serviço, é um excelente policial”, disse.
CORREIO
O capitão da Polícia Militar Adriano Maciel Moreira, 33 anos, foi preso em flagrante, na manhã de ontem, depois de atirar duas vezes contra o soldado PM Michael Lima Carinhanha, 29.
O desentendimento entre os dois policiais, que estavam de folga e não se conheciam, ocorreu por volta das 5h, no Bar Escadinha, na Avenida Pinto de Aguiar, em Pituaçu.
O capitão Adriano, lotado na 12ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Rio Vermelho), está preso na Custódia Provisória (CCP), no Batalhão de Choque, em Lauro de Freitas. Em 2010, ele havia sido afastado da PM, acusado de extorsão. Ele pode responder por tentativa de homicídio.
Já o soldado Michael, da 50ª CIPM (Sete de Abril), foi socorrido para o Hospital Roberto Santos. Ele foi ferido na perna e no pescoço, mas, até ontem, seu quadro de saúde era considerado estável. Além dos tiros, ele levou uma coronhada do oficial.
De acordo com informações da 39ª CIPM (Boca do Rio), que prestou socorro a Michael, ele estava saindo do bar quando foi abordado. O capitão teria sido alertado por um amigo que Michael estava armado e foi verificar. Ainda segundo policiais da 39ª CIPM, o soldado achou que seria assaltado e mostrou a arma. Neste momento, o capitão atirou.
Pedindo anonimato, um policial amigo de Michael contou que também foi ameaçado pelo capitão Adriano. “Eu achei que fosse um assalto. Levei uma coronhada no rosto e corri para a cozinha. Um dos meus colegas correu para trás de um dos carros e quando eu voltei para ver o que tinha acontecido com Michael, ele (Adriano) colocou a arma na minha cabeça de novo”, contou o PM.
Ainda segundo o colega do policial baleado, só depois de ser atingido é que ele se identificou como soldado PM. No posto policial do Hospital Roberto Santos, o caso foi registrado como uma “tentativa de assalto, praticada por três elementos, sendo que apenas um deles estava armado”.
Arma
No momento da confusão, os dois policiais estavam de folga. Nestas situações, os policiais têm o direito de estar armados, desde que não estejam ingerindo bebida alcoólica, como esclareceu o corregedor adjunto da Polícia Militar, tenente coronel Souza Neto.
“A lei assegura o porte de arma para o policial militar, desde que seja uma arma registrada no Sistema de Gerenciamento Militar de Armas (Sigma). Mas, há uma portaria que proíbe o porte em caso de uso de bebida ou em situações como o Carnaval”, explicou.
Ainda segundo o coronel Neto, quando um policial é flagrado portando uma arma sem cumprir as normas estabelecidas, ele responde a processo disciplinar.
No local do crime, duas armas foram apreendidas: a do capitão Adriano, que estava registrada, e uma arma fria, que teria sido encontrada com o soldado Michael.
Segundo o policial que também foi agredido pelo capitão, Adriano chegou a chamar a polícia e denunciar Michael por porte ilegal. Por conta disso, o soldado pode responder a processo na Justiça comum.
Oficial já foi preso em 2010 por crimes de roubo e extorsão
O capitão da PM Adriano Maciel Moreira, que foi candidato a vereador nas últimas eleições pelo Partido Social Cristão (PSC) e apresentou certidão de antecedentes criminais com “nada consta”, já chegou a ser afastado da Polícia Militar, em 2010, depois de ser preso por extorsão.
Na época, ele foi acusado de participar do roubo de um Fiat Pálio prata (placa JPP-5161) e forçar a vítima a entregar R$ 1,2 mil para que fosse libertada. Em seguida, teria exigido outros R$ 3 mil para que o mesmo carro fosse devolvido. Na época em que foi preso, Adriano ainda era tenente e trabalhava na 33ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Valença).
Em nota, a assessoria da PM informou que, após o afastamento, o então tenente Adriano foi reintegrado e promovido devido a uma decisão judicial. “O processo que avalia a sua permanência concluiu pela incompatibilidade dele com o oficialato da PM e se encontra em tramitação para o seu afastamento definitivo”, informa a nota.
Questionado sobre o comportamento de Adriano nas atividades policiais, o major André Ricardo, comandante da 12ª CIPM, onde o capitão é lotado, disse que não tinha autorização para falar sobre isso. Por sua vez, o capitão Dias, subcomandante da 50ª CIPM, elogiou o comportamento do soldado Michael, vítima dos disparos de Adriano. “Apesar de novo, ter somente dois anos de serviço, é um excelente policial”, disse.
CORREIO
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